Investing.com – Hoje é o dia das folhas de pagamento nos EUA, o chamado Payroll, e o risco é de uma surpresa positiva após os números fortes da ADP na quarta-feira.
O dólar atingiu o pico de quatro meses, com cautela nos mercados mundiais em declarar prematuramente a vitória sobre o coronavírus. O dólar atingiu também um recorde em relação ao real nesta semana e teve alta em relação a moedas dos mercados emergente com a percepção de que os EUA estão mais protegidos do que outros contra o impacto econômico do vírus.
As ações devem abrir em baixa em meio à tomada de lucros, mas Uber (NYSE:UBER) e Pinterest (NYSE:PINS) provavelmente terão alta após a divulgação de previsões otimistas na quinta-feira.
E Tidjane Thiam foi demitido como CEO do Credit Suisse como consequência de um escândalo de espionagem corporativo constrangedor.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na sexta-feira, 7 de fevereiro.
1. O dólar segue subindo com cautela do mercado
O dólar atingiu seu nível mais alto em quatro meses com a percepção de que a economia dos EUA está mais protegida do coronavírus do que a maioria dos outros países do mundo.
O índice do dólar, que a força da moeda norte-americano em comparação com uma cesta de divisas de países desenvolvidos, subiu até 98,55, devido aos fracos dados da produção industrial na zona do euro, que empurraram o euro brevemente abaixo de US$ 1,0950.
A moeda norte-americana também aumentou esta semana em relação às divisas de mercados emergentes, muitas das quais foram afetadas pelo recente colapso dos preços do petróleo e de outras commodities industriais. O dólar atingiu uma alta histórica de todos os tempos em relação ao real brasileiro e um recorde de seis meses contra o baht tailandês na quarta-feira, depois que os bancos centrais desses países cortaram suas taxas de juros, e atingiu uma alta de quatro meses contra o rublo na sexta-feira como o banco central da Rússia seguiu o exemplo.
O dólar também superou 7 iuanes chineses novamente durante a noite, em uma onda de críticas públicas à forma de lidar com o vírus pelas autoridades, minando a confiança de que Pequim está controlando a emergência de saúde pública.
2. Dia da folha de pagamento
É dia de Payroll, bebê! O Bureau of Labor Statistics deve divulgar seu relatório mensal de emprego às 10h30, com analistas consultados pelo Investing.com prevendo um aumento de 160.000 vagas não-agrícolas e uma taxa de desemprego inalterada de 3,5%.
O risco é uma surpresa positiva, dado o relatório de folha de pagamento do setor privado muito mais forte do que o esperado no meio da semana.
Espera-se que o número médio de horas semanais permaneça estável na comparação com dezembro, em 34,3, enquanto o crescimento médio dos ganhos por hora deve subir até 3,0%, após uma leve queda no final do ano passado.
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3. Bolsas devem abrir em baixa
As ações dos EUA devem abrir com desvalorização nesta sexta-feira, com medo de que o rali desta semana tenha ido longe demais, rápido demais.
Às 8h40, os contratos futuros do Dow 30 caíram 128 pontos, ou 0,4%, enquanto os contratos futuros do S&P 500 e Nasdaq 100 cediam em patamar semelhante.
As ações chinesas e europeias também negociaram com perdas, a última em particular atingida pela maior queda na produção industrial alemã em uma década, enquanto a primeira sofreu uma perda de confiança dos investidores, à medida que a raiva da população aumentava com a forma de as autoridades lidarem com surto de coronavírus.
Os papéis do Pinterest (NYSE:PINS) podem estar entre os que vão destoar e avançar no pregão após um balanço trimestral acima do esperado, publicado após o fechamento da quinta-feira.
4. Balanço da Uber (NYSE:UBER) devem ser bem recebidos
As ações da Uber (NYSE:UBER) devem abrir no patamar mais alto desde agosto, depois que a empresa previu que obteria seu primeiro lucro trimestral – pelo menos em uma base ajustada – até o final do ano. Isso é um ano antes do que o CEO Dara Khosrowshahi havia indicado anteriormente.
As ações já subiram mais de 50% da mínima tocada pós-IPO, quando os primeiros investidores Goldman Sachs e o ex-CEO Travis Kalanick estavam despejando suas participações no mercado. O Uber (NYSE:UBER) também reduziu sua queima de caixa, retirando-se de um número cada vez maior de mercados onde não era lucrativo.
No entanto, as perdas da empresa ainda aumentaram para mais de US$ 1 bilhão no quarto trimestre, e Khosrowshahi prometeu apostar ainda mais no negócio de entrega de alimentos UberEats, cujas perdas afetaram consistentemente os resultados gerais.
Em notícias relacionadas, a gestora ativista Elliott Management anunciou que havia construído uma participação no Softbank, que fez uma série de apostas de baixo desempenho em startups como Uber (NYSE:UBER) nos últimos anos.
5. Thiam deixa o cargo de CEO do Credit Suisse
Tidjane Thiam renunciou ao cargo de CEO do Credit Suisse após um escândalo de espionagem embaraçoso. A instituição de Zurique acompanhou seu antigo presidente suíço, Urs Rohner, que indicou ter ficado irritado com os danos à reputação do banco em um episódio no qual a administração designou detetives para seguir o chefe de administração de patrimônio Iqbal Khan quando ele deixou o banco para seguir para o rival UBS.
Thiam contou com o apoio de grandes acionistas institucionais, especialmente os norte-americanos, que se apreciaram seu esforço de gerenciar o patrimônio e na Ásia e reduzir os riscos do banco de investimento.
No entanto, Thiam sai com sua revolução inacabada e com as ações do banco em queda de mais de 30% desde quando ele foi nomeado. As ações do Credit Suisse (NYSE:CS) caíram outros 3,1% em Zurique.
Thiam será sucedido por Thomas Gottstein, chefe das operações domésticas do banco.
