Ibovespa

ABERTURA: Ibov futuro em alta em dia de ata do Copom e balanços

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Investing.com – A jornada desta terça-feira começa com o índice futuro do Ibovespa avançando 1,08% aos 114.070 pontos, enquanto que o dólar em baixa de 0,48% a R$ 4,3043. O mercado interpreta na parte da manhã a ata da última reunião do Copom, bem como os números dos resultados divulgados, em especial do maior banco privado do país, o Itaú Unibanco (SA:ITUB4).

– Cenário Interno

IGP-M

Os preços no atacado passaram a cair e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou estabilidade na primeira prévia de fevereiro, ante alta de 0,67% no mesmo período do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Os dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,15% na primeira prévia de fevereiro, após avançar 0,86% no período anterior.

O principal destaque no resfriamento dos preços do atacado foi o grupo Bens Finais, que deixou para trás alta de 1,59% no mês anterior para cair 1,45% em fevereiro. Uma queda de 4,54% nos alimentos processados, ante alta de 4,08%, foi responsável pelo movimento registrado.

Ata do Copom

O Banco Central afirmou que há dicotomia na recuperação econômica do Brasil, com melhora no mercado de trabalho mas com produção industrial e indicadores preliminares de investimento abaixo do esperado, e indicou divergência entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o nível de ociosidade na economia.

Na ata do Copom divulgada nesta terça-feira, o BC também avaliou, sobre o coronavírus, que um eventual prolongamento ou intensificação do surto implicaria uma desaceleração adicional do crescimento global, com impactos sobre os preços das commodities e de importantes ativos financeiros.

“A consequência desses efeitos para a condução da política monetária dependerá da magnitude relativa da desaceleração da economia global versus a reação dos ativos financeiros”, frisou a autoridade monetária.

– Cenário Externo

China

O presidente da China, Xi Jinping, alertou as principais autoridades do país na semana passada que os esforços para conter o novo coronavírus foram longe demais, ameaçando a economia do país, disseram fontes à Reuters, dias antes de Pequim adotar medidas para amenizar o impacto.

Com o crescimento chinês em seu ritmo mais lento em três décadas, os líderes chineses parecem ansiosos em obter um equilíbrio entre proteger a economia já em desaceleração e parar a epidemia, que já matou mais de 1.000 pessoas e infectou mais de 40 mil.

Depois de analisar relatórios sobre o surto elaborados pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e por outros departamentos econômicos, Xi disse a autoridades locais durante uma reunião em 3 de fevereiro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês que algumas das medidas adotadas para conter o vírus estão prejudicando a economia, disseram duas pessoas familiarizadas com o encontro e que pediram para não terem os nomes revelados por se tratar de uma questão sensível.

Reino Unido

A economia do Reino Unido ficou estagnada nos últimos três meses de 2019 em meio ao impasse devido ao Brexit, que só foi quebrado pela vitória do primeiro-ministro Boris Johnson em eleição em 12 de dezembro.

Dados oficiais mostraram estagnação no quarto trimestre em comparação com o período de julho a setembro. Em termos anuais, o crescimento foi de 1,1%, nível visto pela última vez no início de 2018.

A última vez que o crescimento foi mais fraco para um trimestre foi em meados de 2012. Os dados também mostraram que o crescimento nos gastos do consumidor foi o mais fraco em quatro anos.

BOLSAS INTERNACIONAIS

A jornada desta terça-feira (11) foi marcada por uma forte alta nas cotações dos contratos futuros do minério de ferro, nas operações da bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para maio deste ano, teve ganhos de 4,40% para 605,50 iuanes por tonelada, o que representa um avanço de 25,50 iuanes em relação ao valor de liquidação do dia anterior, que foi de 580,00 iuanes por tonelada.

Na mesma direção, o segundo dia útil da semana também apresentou avanços para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados da bolsa de mercadorias de Xangai, também da China. O contrato de maior liquidez, com entrega para maio de 2020, somou 89 iuanes para 3.392 iuanes por tonelada, enquanto que o segundo mais líquido, de outubro, somou 61 iuanes, para 3.423 iuanes por tonelada.

Nesta terça-feira, as bolsas europeias registram valorização, com o DAX, de Frankfurt, somando 0,83% aos 13.605 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE avança 0,93% aos 7.516 pontos. Já em Paris, o CAC tem valorização de 0,45% aos 6.042 pontos.

COMMODITIES

Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,26%, a 27.583 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,39%, a 2.901 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,93%, a 3.952 pontos.

O dia é também de importante avanço para os preços internacionais do petróleo, com o barril do tipo Brent, de Londres, somando 1,93%, ou US$ 1,03, a US$ 52,28. Já em Nova York, o WTI sobe 1,69%, ou US$ 0,85, a US$ 50,42.

MERCADO CORPORATIVO

– Itaú Unibanco (SA:ITUB4)

O Itaú Unibanco (SA:ITUB4), maior banco em ativos do país, teve alta de 12,6% no lucro do quarto trimestre, principalmente por conta do crescimento do crédito ao consumidor, das comissões do banco de investimento e das taxas de administração de fundos.

O banco informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido recorrente, que exclui itens únicos, de R$ 7,296 bilhões no quarto trimestre, em linha com a estimativa de consenso dos analistas compilado pela Refinitiv, de R$ 7,242 bilhões.

Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4%.

Apesar do lucro crescente, o Itaú (SA:ITUB4) reduziu o percentual de lucro distribuído aos acionistas, para 66,2%, de 87,2%, somando R$ 18,8 bilhões.

Embora o crescimento da carteira de empréstimos tenha acelerado no trimestre para 2,6%, impulsionado por crédito ao consumidor, o banco registrou maiores perdas em empréstimos corporativos, principalmente em suas unidades no Chile e na Colômbia.

– IRB Brasil (SA:IRBR3)

A resseguradora IRB Brasil (SA:IRBR3) afirmou nesta segunda-feira que contratará auditoria adicional de seu balanço de 2019 por outra grande firma global do setor, como parte dos esforços para acalmar investidores em relação a práticas contábeis questionadas pela Squadra Investimentos, que provocaram uma derrocada da ações da empresa na bolsa paulista.

“Além do nosso auditor, a PwC, vamos ter outra das ‘big four’ auditando o balanço”, disse o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da companhia, Fernando Passos, durante teleconferência com investidores

A companhia programou a divulgação do balanço dos últimos três meses do ano passado para a próxima semana, dia 18.

Passos disse ainda que a empresa abrirá de forma detalhada informações em relação a pontos questionados pela Squadra em carta a investidores, que têm assustado o mercado e já fizeram a ação do IRB (SA:IRBR3) despencar mais de 20% em fevereiro.

– Petrobras (SA:PETR4)

A produção média de petróleo e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras (SA:PETR4) no Brasil cresceu 16,5% no quarto trimestre ante o mesmo período de 2018, para 2,394 milhões de barris por dia (bpd), impulsionada por novos sistemas em produção no pré-sal, informou a companhia nesta segunda-feira.

Na comparação com o terceiro trimestre, houve um avanço de5,7% da produção de petróleo e LGN, segundo relatório de produção e vendas trimestral da companhia.

Em 2019, a produção de óleo no Brasil foi de 2,172 milhões de barris por dia, excedendo a meta de 2,1 milhões.

“A performance operacional do ano reflete o melhor resultado no 2S19, impulsionado pelo ramp-up dos novos sistemas de produção, que mais do que compensou os desafios, enfrentados no 1S19”, disse a companhia em nota.

– Daycoval

O Banco Daycoval (SA:DAYC4) pediu na segunda-feira registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de suas ações preferenciais, conforme fato relevante disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na madrugada desta terça-feira.

No final de janeiro, a Reuters noticiou que o banco estava planejando um IPO em abril, voltando às bolsas três anos depois de fechar seu capital, segundo três fontes com conhecimento do assunto.

De acordo com duas das fontes ouvidas pela Reuters em janeiro, a oferta poderá levantar entre 3 bilhões e 4 bilhões de reais.

No documento à CVM, o Daycoval também pediu ao órgão regulador conversão de categoria de emissor de valores mobiliários para categoria ‘A’.

– Banco BV

O BV, ex-Banco Votorantim, pediu registro para sua oferta inicial de units (IPO, na sigal em inglês), à medida que o juro básico do país na mínima histórica amplia a lista de empresas que buscam o mercado de capitais para financiar o crescimento

O documento confirma informação publicada pela Reuters na sexta-feira, citando fontes, de que a assinatura de um novo acordo de acionistas do BV abria espaço para pedido do IPO. A operação era inicialmente prevista para acontecer em abril, com valor total previsto de cerca de 5 bilhões de reais, sendo 1 bilhão de uma oferta primária, enquanto os 4 bilhões restantes corresponderão à oferta secundária, com BB (SA:BBAS3) e Votorantim Finanças levando 2 bilhões cada, afirmaram as fontes.

Segundo informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação será coordenada por Goldman Sachs, JPMorgan, BB Investimentos, Itaú BBA, Morgan Stanley (NYSE:MS), Bank of America Merrill Lynch e UBS. Cada unit vai representa uma ação ordinária e duas preferenciais do banco.

– Mercado Livre

O Mercado Livre planeja investir 4 bilhões de reais no Brasil em 2020, como parte dos esforços para dar escala ao seu negócio de comércio eletrônico e aos serviços financeiros do Mercado Pago, disse nesta segunda-feira o vice-presidente-executivo da empresa para América Latina, Stelleo Tolda.

O valor representa um aumento de mais de 30% em relação aos 3 bilhões de reais investidos pela companhia no país no ano passado e, segundo Tolda, ajudarão o Mercado Livre a ampliar sua eficiência logística para reduzir prazos de entrega de encomendas e ampliar o cardápio de serviços financeiros.

Apesar do aumento, o executivo disse que a terá maior foco na rentabilidade e que a meta é fechar 2020 mais perto do lucro. “Não estamos dispostos a investir a qualquer preço, com margens negativas”, disse Tolda.

Maior portal de comércio eletrônico da América Latina, o Mercado Livre anunciou nesta segunda-feira nova rodada de forte crescimento das receitas na região, com a receita líquida no quarto trimestre subindo para 674,3 milhões de dólares, aumento ano a ano de 57,5% em dólar e de 84,4% em moeda constante.

– Carrefour (SA:CRFB3)

O Carrefour (SA:CRFB3) Brasil confirmou nesta segunda-feira que está negociando a compra de certos ativos da rede atacadista Makro, mas refutou informações publicadas na imprensa de que o valor da transação pode chegar a cerca de 5 bilhões de reais.

A rede de varejo de origem francesa afirmou que as negociações com os controladores do Makro envolvem “possível aquisição de determinados ativos imobiliários e acessórios do Macro” e que os valores citados pela imprensa sobre a eventual transação são “substancialmente maiores” que na realidade.

Em 6 de fevereiro, o jornal o Estado de S. Paulo publicou que o Carrefour (SA:CRFB3) Brasil tinha negociação avançada para comprar o Makro, controlado pela holandesa SHV Holdings, e que o valor da transação seria de cerca de 5 bilhões de reais.

No comunicado desta segunda, o Carrefour (SA:CRFB3) Brasil afirma que as tratativas com os controladores do Makro se intensificaram nos últimos dias, “mas não há garantia” de que a operação poderá ser acertada.

– Privatizações

O governo federal quer vender 3 bilhões de reais em imóveis neste ano, afirmou o secretário de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Fernando Bispo, após conseguir alienar 180 milhões de reais em 2019 de uma meta originalmente estipulada em 1 bilhão de reais.

Falando com jornalistas nesta segunda-feira, Bispo pontuou que entraves ligados ao registro cartorial dos imóveis dificultaram a realização do plano do governo no ano passado.

Agora, a expectativa é que uma Medida Provisória (MP) enviada ao Congresso no fim de dezembro pavimente o caminho para um processo de venda mais ágil, inclusive com participação do BNDES na realização de estudos e na execução de plano de desestatização de ativos.

– Canopus

A construtora Canopus pediu registro para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo informações disponibilizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira.

A operação, que envolve ofertas primária (ações novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia) e secundárias (papéis detidos por atuais sócios da empresa), será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual (SA:BPAC11) e Bradesco BBI.

Lucas e Túlio Botelho Mattos serão acionistas vendedores na oferta secundária. Os recursos da oferta primária serão usados para compra e lançamento de empreendimentos e para capital de giro, afirmou a companhia no prospecto preliminar da oferta.

AGENDA DE AUTORIDADES

– Jair Bolsonaro

A terça-feira do presidente da República começa com reunião com o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública).,

Na parte da tarde, participa da solenidade de posse de Rogério Marinho, no cargo de ministro do Desenvolvimento Regional. Em seguida, tem encontro com Marcos Pontes, Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, fechando o dia com a cerimônia de assinatura do decreto que dispõe sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal.