Por Yasin Ebrahim
Investing.com – O Dow chegou a recuperar alguns ganhos no meio do pregão, mas o mar vermelho continua a pairar sobre as ações em meio a uma queda histórica nos preços do petróleo causada pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia e a disseminação do novo coronavírus, que continua a impactar o sentimento dos investidores.
O Dow Jones Industrial Average caiu 1.842 pontos, ou 7,12%, próximo da queda de 2 mil pontos no início da sessão. O S&P 500 perdia 6,9%, voltando ao patamar de queda de 7% antes de as negociações serem interrompidas logo depois da abertura.
As ações de energia caíram para seu menor nível intradiário desde 2004, com os preços do petróleo afundando 30%, antes de se recuperarem um pouco, após a Arábia Saudita ter espalhado temor pelo mercado ao começar uma guerra de preços contra a Rússia, outra superpotência do petróleo.
A Arábia Saudita cortou seus preços oficiais de venda de abril em entre US$ 6 e US$ 8 para ganhar participação de mercado e exercer pressão sobre a Rússia. A movimentação veio após a Opep e a Rússia terem falhado em concordar em um acordo para estender os cortes na produção de petróleo.
A Occidental Petroleum (NYSE:NYSE:OXY) caiu 35%, a Apache (NYSE:APA), 45% e a Diamondback Energy (FANG) afundou 44% após cortar seus planos de gasto de capital para o ano.
Alguns sugeriram que as quedas no petróleo podem estar longe de terminar, pois a Arábia Saudita e a Rússia estão pensando em conquistar participação no mercado.
“Durante o derretimento ocorrido entre o fim e 2014 e a metade de 2016, as ações implodiram em 45% – 50% – mas isso foi quando a ilusão da viabilidade do shale ainda estava viva”, disse Bill Herbert, da Simmons Energy. “Dada a estigmatização do setor, a redefinição de folhas de balanço como resultado da depreciação de ativos e o custo penal do capital do setor, qualquer apoio para a avaliação negativa hoje é desconhecido.”
A sangria em Wall Street impulsionou uma corrida em direção à segurança, com investidores recorrendo a títulos de Tesouro portos-seguro, o que pressionou os rendimentos a mínimas recorde.