A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Economia que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil, divulgou hoje (10) orientações às companhias abertas para que informem os impactos do coronavírus em suas demonstrações financeiras.
São consideradas companhias abertas as empresas que disponibilizam valores mobiliários, como ações, debêntures ou notas promissórias, em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
O ofício da CVM orienta que as empresas avaliem a necessidade de publicação de fato relevante relacionado ao Covid-19, bem como de projeções e estimativas dos riscos do vírus na elaboração do formulário de referência.
De acordo com o ofício, os diretores de relações com investidores e auditores independentes devem reportar nas demonstrações financeiras os principais riscos e incertezas provocados pelo coronavírus, “observadas as normas contábeis e de auditoria aplicáveis”, informou a assessoria de imprensa da CVM.
O superintendente das Superintendências de Normas Contábeis e de Auditoria da CVM, José Carlos Bezerra da Silva, salientou que embora seja difícil quantificar monetariamente os impactos futuros do Covid-19, é necessário que as companhias e seus auditores, cada qual exercendo o seu papel, “empenhem os melhores esforços para prover informações que espelhem a realidade econômica”.