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BTG vê Vale bem posicionada para enfrentar desafios no curto prazo

Por Gabriel Codas

Investing.com – Em meio a um cenário de turbulência que afeta os mercados de todo o mundo, o BTG Pactual espera que as empresas reduzam os investimentos para liberar de forma significativa o capital de giro. Nesse contexto de curto prazo, a aposta é a Vale (SA:VALE3), que estaria mais preparada para a turbulência, com a alavancagem baixa, a China parece estar se recuperando e os fundamentos do minério de ferro permanecendo fortes (embora seja provável uma correção).

Nesta terça-feira, as ações da mineradora operavam com forte alta de 10,12% a R$ 42,97, por volta das 12h12.

O banco destaca que à medida que o mercado em baixa se desenvolve rapidamente, os analistas têm respondido a uma série de perguntas de investidores sobre os riscos patrimoniais do setor.

Na visão deles, o “risco de alavancagem” geral para o grupo é baixo. A equipe aponta que aplaudiu várias empresas que apresentaram desalavancagem significativa nos últimos anos e apontam a Vale e a Gerdau (SA:GGBR4) como exemplos de sucesso.

Eles acreditam que um cenário de injeções de ações é altamente improvável, pois a grande maioria das empresas ainda está gerando FCF e há muitas opções antes de aproveitar essa medida de último recurso.

Desta forma, o BTG (SA:BPAC11) considera como pouco alavancadas (com base na dívida líquida em relação a múltiplos EBITDA), com EBITDA abaixo de 2x, estão Vale, Gerdau (SA:GGBR4), Usiminas (SA:USIM5), SCC, GMexico, Ternium e Duratex (SA:DTEX3).

Na outra ponta, os analistas colocam com maior alavancagem Suzano (SA:SUZB3), Klabin (SA:KLBN11) e CSN (SA:CSNA3). Eles acreditam que vale a pena elaborar um pouco sobre os nomes mais altos, pois os riscos parecem estar um pouco contidos.

Na Suzano, embora o negócio de carga de dívida pós-Fibria seja inegavelmente muito alto (acima de R $ 55 bilhões em dívida líquida no câmbio atual), a equipe enfatiza que a empresa está gerando FCF positivo, não possui covenants de dívida e possui uma dívida com perfil muito favorável. No entanto, o nível de endividamento é alto e ultrapassará 5x, o que não é uma métrica de grau de investimento.

Na Klabin, a alavancagem está aumentando e pode se aproximar de 5x, assim como o projeto Puma 2 está em andamento. Vale a pena notar que, se as coisas piorarem materialmente, a empresa poderia, em teoria, desacelerar seus investimentos para proteger seu balanço.