Fundos imobiliários

Novo benchmark: Suno Research lança índice de referência para fundos imobiliários

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Investing.com – O aumento do número de investidores em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) está incentivando o mercado financeiro a apresentar novos formatos de fundos e índices de referência no setor. A Suno Research lança nesta quinta-feira novo índice de referência para FIIs, a Suno 30 FIIs, composta por 30 fundos. O objetivo do novo índice, segundo a casa de research, é “criar uma referência atualizada e acessível desse mercado”, que será composto por FIIs que já façam parte do Índice de Fundos Imobiliários da B3 (Ifix), possuem mais de um ativo em sua carteira, têm realizado pagamento de proventos no mínimo nos últimos 12 meses e não ser um Fundo de Fundo (FoF). A composição será por fundos de “tijolo” (que são compostos por ativos de shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas e hotéis, por exemplo), de papéis (que aplicam em títulos de crédito ligados ao setor imobiliário como CRIs e LCIs) e híbridos (que têm em seu portfólio os dois tipos de ativos), sendo que todos eles são negociados na B3. Apesar de o novo índice ter como critério a inclusão de fundos que já compõem o Ifix, a estratégia é ser um novo benchmark para facilitar entendimento do rumo do setor para novos investidores. “A ideia do Suno 30 é ser uma referência para onde vai a indústria, com a inclusão de fundos que mostram maior capacidade de crescimento”, explica Marcos Baroni, da Suno Research. “O Ifix é amplo, com fundos parados há muito tempo, sem novas emissões e com pouca liquidez, o que acaba não representando mais a realidade do mercado”, prossegue Baroni ao diferenciar o Suno 30 do Ifix.

A composição inicial do novo índice prevê distribuição igualitária entre os fundos participantes, com possibilidade de mudança no futuro. A revisão do Suno 30 será trimestralmente, igual ao processo de revisão de carteiras da B3. Confira abaixo a composição inicial:

Ticker Nome do Fundo Segmento Participação
KNCR11 FII Kinea Ri Papel 3,33%
KNRI11 FII Kinea Híbrido 3,33%
KNIP11 FII Kinea Ip Papel 3,33%
BRCR11 FII Bc Fund Tijolo 3,33%
JSRE11 FII Js Real Híbrido 3,33%
HGBS11 FII Hedgebs Tijolo 3,33%
XPML11 FII Xp Malls Tijolo 3,33%
HGRE11 FII HG Real Tijolo 3,33%
VISC11 FII Vinci Sc Tijolo 3,33%
XPLG11 FII Xp Log Tijolo 3,33%
BBPO11 FII BB (SA:BBAS3) Prgii Tijolo 3,33%
HGLG11 FII CSHG Log Tijolo 3,33%
RBVA11 FII Riob Va Tijolo 3,33%
HGCR11 FII CSHG Cri Papel 3,33%
MXRF11 FII Maxi Ren Papel 3,33%
KNHY11 FII Kinea Hy Papel 3,33%
HGRU11 FII CSHG Urb Tijolo 3,33%
MALL11 FII Malls Bp Tijolo 3,33%
VILG11 FII Vincilog Tijolo 3,33%
LVBI11 FII Vbi Log Tijolo 3,33%
GGRC11 FII Ggr Covep Tijolo 3,33%
IRDM11 FII Iridium Papel 3,33%
XPIN11 FII Xp Indl Tijolo 3,33%
RBRR11 FII Rbrhgrad Papel 3,33%
UBSR11 FII UBS (BR) Papel 3,33%
RCRB11 FII Riob Rc Tijolo 3,33%
RECT11 FII Ubsoffic Tijolo 3,33%
VRTA11 FII Fator Ve Papel 3,33%
BTCR11 FII BTG (SA:BPAC11) Cri Papel 3,33%
SDIL11 FII Sdi Log Tijolo 3,33%

Cálculo do Ifix

A B3 disponibiliza em seu site informações sobre a metodologia de elaboração de sua carteira teórica de FIIs. Para que um fundo esteja no Ifix, é preciso que ele tenha as principais características a seguir: presença em pregão de 60% no período de vigência das três carteiras teórica Ifix anteriores, sua cota não ser negociada abaixo de R$ 1 (as famosas penny stocks) e que tenha realizado sua oferta pública durante o período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores. Se o fundo deixar de atender os critérios acima, ele pode ser excluído do Ifix. Além disso, o fundo não pode ser objeto de resgate total pelo fundo emissor. Em relação à distribuição, os ativos são ponderados pelo valor de mercado da totalidade das cotas emitidas pelo Fundo Imobiliário, mas que não poderá ultrapassar a participação em 20% do total do índice. Caso o peso passe dos 20% da carteira, ajustes serão efetuados para adequar o peso do fundo a esse limite, redistribuindo-se o excedente proporcionalmente aos demais ativos da carteira.

Mudanças no setor

A novidade da Suno ocorre em paralelo com a pretensão de lançamento de dois novos FIIs de gestão passiva pelo Banco Inter (SA:BIDI4), que também busca facilitar a entrada de novos investidores nesse tipo de ativo, conforme informado pelo jornal O Estado de S.Paulo no início de junho. Nos fundos imobiliários do Inter, o investidor vai comprar cota de uma carteira administrada por especialistas, semelhante à gestão de um ETF de ações, cujo rendimento será semelhante a índices de referência do setor. Os benchmarks dos futuros fundos do Inter são dois índices lançados pela instituição: IFI-E, composto por “fundos de tijolo”, que investem em imóveis geradores de aluguel; e o IFI-D, é formado pelos “fundos de papel”, que aplicam em títulos do setor lastreados em imóveis, como CRIs e LCIs.