Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As falas do presidente Jair Bolsonaro contra a privatização da Ceagesp, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, são justificadas porque, antes de pensar nisso, “é preciso dar uma limpada” na administração da empresa, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em coletiva nesta sexta-feira (18).
“A coisa pode ser feita como um ganha-ganha, para que todos que trabalham lá também ganhem. Uma democratização do capital público, dar títulos de propriedade para quem está trabalhando ali", disse, mas que agora é administrada dentro de um sistema de "roubalheira”.
Segundo Guedes, a Ceagesp, atualmente vinculada ao Ministério da Economia, está localizada na “área mais nobre para expansão imobiliária em São Paulo” e “pode valer R$ 40 bilhões, mais que a Eletrobras”.
Bolsonaro nega privatização
Bolsonaro afirmou na terça-feira (15) que, enquanto estiver na presidência da República, a Ceagesp não será privatizada. Durante visita técnica em que reinaugurou a Torre do Relógio, o chefe do Executivo enalteceu a "nova dinâmica" da empresa com a gestão do seu indicado, o coronel da Polícia Militar Mello Araújo.
"Aqui, quando se fala em privatização, quero deixar bem claro, enquanto eu for presidente da República, essa é a casa de vocês", disse ele. "Nenhum rato vai querer sucatear isso aqui para poder privatizar para seus amigos, não tem espaço para isso aqui, deixo bem claro", declarou.
O presidente destacou que antes "os mais humildes" que trabalhavam na Ceagesp eram "extorquidos", mas que aos poucos o governo está mudando o País. "É inadmissível um entreposto como esses estar na mão de político que se usa disso", disse.
Com informações da Agência Brasil