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Ata do COPOM: membros que votaram pelo corte de 0,50 p.p. reconhecem aumento de incertezas

Taxa de juros terminal vai ser aquela que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas de inflação em torno das metas, aponta documento

Ata do COPOM: membros que votaram pelo corte de 0,50 p.p. reconhecem aumento de incertezas

Nesta terça-feira (14), o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião de seu Comitê de Política Monetária (COPOM). Na quarta-feira passada (8), o colegiado decidiu reduzir o ritmo do corte da taxa básica de juros Selic de 0,50 p.p. a 0,25 p.p., a 10,50% ao ano (a.a.).

“O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observa a queda da inflação de forma sustentada em diversos países”, declara o comitê, no início do documento.

O colegiado avaliou que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo
condicionadas em uma taxa de juros mais elevada. 

Dirigentes observaram surpresas benignas no período recente, mas também elevação das projeções de prazos mais curtos, que envolvem preços livres e administrados.

“Ao fim, concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária”, aponta o material.

Na ata, foi detalhados que a taxa de juros terminal vai ser “aquela que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas de inflação em torno das metas”.

Por fim, todos corroboraram o entendimento de que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.

Os membros do Comitê vencidos, que votaram pela redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, também compartilharam da percepção de aumento das incertezas internas e externas entre as reuniões de março e maio.

 

  • Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.
  • Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira.