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Apostas online: 35% dos apostadores brasileiros consideram os jogos das BETs injustos, diz pesquisa

Para Filipe Senna, especialista em Direito de Jogos, esse cenário reflete uma falta de compreensão sobre a natureza dessas apostas, que são destinadas principalmente ao entretenimento

Apostas online: 35% dos apostadores brasileiros consideram os jogos das BETs injustos, diz pesquisa

Apesar das casas de apostas, as famosas BETs, crescerem cada vez mais no Brasil, 35% dos seus apostadores consideram os jogos online injustos, enquanto 19% dos entrevistados consideram “justo” ou “muito justo”. segundo uma pesquisa realizada pela ENV Media em parceria com o Games Magazine Brasil (GMB).

De acordo com Filipe Senna, sócio do Jantalia Advogados e especialista em Direito de Jogos, esse cenário reflete uma falta de compreensão sobre a natureza dos jogos de fortuna, que são destinados principalmente ao entretenimento.

Para o especialista, é fundamental educar os jogadores sobre essa premissa e promover o jogo responsável.

Além disso, a pesquisa mostrou que 74% dos entrevistados não conhecem os mecanismos de controle e monitoramento dos jogos.

O caminho da regulamentação das apostas, a partir das portarias e regras lançadas especialmente após a sanção da Lei nº 14.790, deverá proporcionar um espaço seguro e de confiabilidade para os apostadores daqui para a frente.

“O que ocorre é que, no mercado regulado que se pretende implementar no Brasil, é necessário que todas as plataformas que pretendem obter licença junto ao Ministério da Fazenda busquem certificação por laboratórios especializados que atestem que o jogo, de fato, é justo, e está dentro dos parâmetros de aleatoriedade, número de vitórias, payout, valores que voltam ao consumidor de forma adequada (RTP) – ou seja, em operadores que pretendem obter licença no Brasil, existe a tendência de que os jogos sejam efetivamente certificados por laboratórios terceiros não vinculados a qualquer uma das partes que definitivamente indicam que um jogo possui os critérios de justiça”, complementa.

Senna também ressalta a influência negativa das mídias sociais, que muitas vezes propagam desinformação sobre os jogos de apostas online, prometendo lucros garantidos e manipulação de resultados.

Na visão dele, é essencial combater essa desinformação e promover uma publicidade responsável, em conformidade com as normas de autorregulamentação e legislação vigentes.