Economia

Ata do COPOM: Haddad elogia BC e destaca interrupção — e não fim — no processo de redução dos juros

Ministro frisou o fato de que a diretoria do BC indicou uma pausa, e não um fim, no processo de redução dos juros

Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal
Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou nesta terça-feira (25) que a ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) estava “muito aderente” ao comunicado da última reunião da autoridade monetária, o que classificou como “bom”.

“Não tem nada de diferente no comunicado, o que transmite a ideia de uma interrupção para avaliar cenário externo e interno para que o COPOM fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados”, disse.

No documento, o colegiado reiterou que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Haddad ponderou que eventuais ajustes necessários sempre vão acontecer, mas frisou o fato de que a diretoria do BC indicou uma pausa, e não um fim, no processo de redução dos juros – “uma diferença importante para ser salientada”, disse.

Haddad ainda falou sobre o impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul na inflação.

Ele destacou que existe uma pequena pressão inflacionária que pode afetar o curto prazo em razão das enchentes no Estado, mas enfatizou que o horizonte a ser perseguido pelo BC seria de médio e longo prazo.

Para o ministro, as sucessivas enchentes não devem ser levadas em conta na política monetária, uma vez que os problemas do RS têm urgência para serem resolvidos.