A Circle oferecerá seus EURC e USDC na Europa. A empresa se tornou a primeira emissora global a obter licença para emitir stablecoins sob o regime Markets in Crypto Assets (MiCA) da União Europeia.
USDC na Europa
A partir dessa segunda-feira (1), a Circle poderá oferecer seus tokens EURC e USDC em toda a Europa sob a nova estrutura regulatória. O CEO da empresa, Jeremy Allaire, confirmou a informação durante uma coletiva de imprensa em Paris.
Em dezembro, a empresa já havia recebido uma licença regulatória de ativos digitais na França e nomeado um Chefe de Operações para o país. Agora, a Circle poderá lançar suas stablecoins compatíveis com MiCA na Europa sob sua entidade francesa.
USDC é segunda maior stablecoin do mercado
O USDC, stablecoin da Circle atrelada ao dólar americano, é a segunda maior do mercado. Atualmente, ela 20% do fornecimento total de stablecoins em 28 de junho, de acordo com dados do The Block. Com a obtenção da licença MiCA, a stablecoin poderá ser negociada na região, aumentando a presença do USDC na Europa.
Novas regras do MiCA
O MiCA é um quadro regulatório abrangente estabelecido pela União Europeia para criar que haja uniformidade na regulação de criptoativos entre seus membros. O objetivo do MiCA é proteger os investidores, combater o crime e promover a inovação no mercado de criptomoedas.
Como parte da estrutura do MiCA, os emissores de stablecoins que operam na região precisam passar por requisitos regulatórios mais rigorosos. Embora o MiCA tenha sido aprovado pelo Parlamento Europeu em abril de 2023, ainda há algumas dúvidas sobre sua implementação.
Alguns emissores de stablecoin levantaram preocupações sobre como o MiCA se aplica a esses ativos e sobre o impacto que as novas regras podem ter no mercado.
A exchange de criptomoedas Binance anunciou que, a partir de 30 de junho, começaria a restringir o acesso a stablecoins “não autorizadas” na Europa. A medida visa garantir que os usuários da Binance estejam operando apenas com stablecoins que estejam em conformidade com as novas regulamentações.
Já o CEO da Tether, Paolo Ardoino, afirmou que “esses requisitos podem não apenas tornar o trabalho de um emissor de stablecoin extremamente complexo, mas também tornar as stablecoins licenciadas pela UE extremamente vulneráveis e mais arriscadas de operar”.