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Embraer (EMBR3): o que explica recente queda nas ADRs?

Para o BTG Pactual, o movimento está associado ao "hype" em torno dos eventos esperados para a empresa, com alguns demorando mais a se materializar

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Após registrar um dos melhores retornos acumulados do ano (+50%) nos mercados de ações locais, as ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer (EMBR3) na bolsa dos Estados Unidos, ERJ, sofreram uma liquidação de 4% no último mês.

Para o BTG Pactual, a realização de lucros reflete principalmente o “hype” em torno da lista de eventos que os investidores preveem para a ERJ, com alguns deles demorando mais para se materializar.

O banco utilizou como exemplo a frustração dos investidores com alguns destes acontecimentos, como a arbitragem com a Boeing.

“O fluxo de notícias tem sido intenso e muitas vezes enganoso, o que também pode ter influenciado a liquidação. Mas, em geral, o negócio parece super atrativo, com um momento favorável na aviação comercial e o KC-390 ganhando terreno no exterior”, escreveram os analistas Fernanda Recchia, Lucas Marquiori e Marcelo Arazi.

Além disso, a queda recente do real também fortalece a companhia, que é de ‘natureza exportadora’, segundo o BTG. “Negociando a 7x EV/EBITDA-25, ainda bem abaixo dos pares, ainda vemos a ERJ como uma boa opção cambial não relacionada a commodities no Brasil”, indicam os analistas.

A dinâmica do setor de aviação permanece positiva, com a oferta restrita favorecendo players com disponibilidade industrial superior, conforme o relatório do banco.

O BTG mantém sua recomendação de compra nas ADRs da Embraer #ERJ, com preço-alvo de US$ 32,00.