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Bolsa do Japão registra maior queda desde 1987 e Ibovespa inicia pregão com recuo de 2%

O índice de volatilidade (VIX), popularmente conhecido como "índice do medo", dispara 129% nesta segunda-feira (05)

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Nesta segunda-feira (05), a bolsa do Japão registrou a maior queda de ações em um único dia desde as liquidações da chamada “segunda-feira Negra de 1987”.

As bolsas asiáticas reagem à queda da semana passada nos mercados acionários globais, além de preocupações econômicas e temores de que os investimentos financiados por um iene barato estivessem sendo desfeitos.

O índice acionário Nikkei caiu 12,4%, impulsionado por dados de emprego na sexta-feira (02), que aumentaram as preocupações com uma possível recessão. O iene subiu para o maior valor em sete meses em relação ao dólar.

De 11 de julho até o fechamento desta segunda-feira aos 31.458,42 pontos, o Nikkei perdeu 113 trilhões de ienes (792 bilhões de dólares) em valor de mercado, segundo informações da agência Reuters.

Investidores temem um contínuo aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão (BoJ) e a Bloomberg aponta que as perdas representam os piores resultados desde o tsunami de 2011 e o desastre nuclear de Fukushima.

No Brasil, o Ibovespa iniciou esta segunda-feira em forte queda de 2,05%, aos 123.280, por volta de 10:11 (horário de Brasília).

Caio Tonet, Diretor de Operações da W1 Capital, pontuou que o movimento da bolsa asiática deve gerar um movimento global de queda dado o aumento de risco de uma recessão mais forte nos Estados Unidos. Tonet ressaltou que o índice global de volatilidade, conhecido popularmente como “índice do medo”, também registra forte alta nesta segunda.

Por volta de 10:33 (horário de Brasília), o Vix disparava 129,71%, a US$ 53,73.

“Momentos como esse, de maior tensão global, com certeza contaminam bolsas, principalmente de países emergentes, como é a bolsa brasileira, que acaba sendo mais sensível ao risco”, pontuou.