Palavra da CEO

Petrobras (PETR4) se compromete a reduzir reinjeção de gás natural em poços de petróleo

A declaração de Magda Chambriard segue a publicação recente de um decreto pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva que autoriza a Agência Nacional do Petróleo (ANP)

Petrobras (PETR4) se compromete a reduzir reinjeção de gás natural em poços de petróleo

A Petrobras (PETR3)(PETR4) se comprometeu a reduzir ao “máximo possível” a reinjeção de gás natural em poços de petróleo a partir das novas plataformas de produção, quando houver viabilidade técnica.

A informação foi confirmada pela CEO da petroleira, Magda Chambriard, em declaração feita nesta quarta-feira (28), em Brasília (DF).

Novo decreto do governo Luiz Inácio Lula da Silva

A declaração de Chambriard segue a publicação recente de um decreto pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva que autoriza a Agência Nacional do Petróleo (ANP) a exigir das petroleiras a redução da reinjeção de gás.

A medida visa aumentar a oferta nacional de gás e reduzir os preços. De acordo com o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD-MG), a medida vai se aplicar a novos projetos.

“Nós vamos fazer o máximo possível porque entendemos o gás como um energético do país. Isso trabalha na direção da transição energética, barateamento dos produtos brasileiros e fortalecimento da nossa indústria, além de fornecer gás a preços acessíveis para a população”, afirmou Chambriard.

Limitações e correções de rumo

Chambriard destacou que a Petrobras está “absolutamente” ciente de sua responsabilidade na geração de energia primária do Brasil.

No entanto, ela esclareceu que o aumento do aproveitamento de gás natural vai ocorrer principalmente nas novas plataformas.

“Nas plataformas que já estão em operação e nas que estão sendo entregues, não vai ser possível implementar essa mudança devido a limitações técnicas”, explicou.

A presidente também mencionou que algumas plataformas foram projetadas sem possibilidade de exportação de gás, o que tem sido revisado, “pois pode evitar a comercialização de grandes volumes de recursos”.

Infraestrutura e novas unidades

Atualmente, o Brasil enfrenta desafios com a infraestrutura para escoamento do gás natural produzido em águas ultraprofundas.

Além do gasoduto Rota 3 da Petrobras, que deve iniciar operações até o final de setembro, não existem outros gasodutos em construção para atender campos em operação.

Chambriard também confirmou planos para a instalação de uma nova plataforma em Búzios, o que vai marcar a 12ª unidade FPSO no campo do pré-sal na Bacia de Santos, e criar um novo “hub” de gás.

Essa confirmação alinha-se com uma reportagem da Reuters publicada recentemente.

Ela ressaltou que Búzios vai se tornar “o maior campo do Brasil”, com produção prevista para ultrapassar 1 milhão de barris por dia.

As informações são de Reuters.