Nesta segunda-feira (2), a S&P Global Ratings anunciou um rebaixamento significativo na classificação de crédito da Azul (AZUL4).
A nota global de crédito da companhia foi reduzida de “B-” para “CCC+”, com perspectiva negativa.
A agência de classificação de risco justificou a decisão com base no desempenho financeiro fraco da empresa durante o primeiro semestre do ano, que resultou em um aumento no déficit de fluxo de caixa operacional livre e enfraqueceu a liquidez da companhia.
A revisão de classificação reflete preocupações contínuas com a saúde financeira da Azul e as dificuldades que a empresa enfrenta para melhorar sua posição de liquidez e estrutura de capital em um cenário econômico desafiador.
Declaração da S&P sobre a situação financeira de Azul
De acordo com o relatório da S&P, “nesse contexto, a empresa busca maneiras de fortalecer sua estrutura de capital e aumentar sua liquidez.”
Além do rebaixamento da nota global, a S&P também ajustou a classificação da Azul em escala nacional, de “brBBB-” para “brBB-”.
A agência destacou que a Azul está em negociações com seus arrendadores para converter parte dos passivos de arrendamento, ao total de US$ 558 milhões, em participação acionária.
Além disso, a empresa explora alternativas para garantir novo financiamento e fortalecer sua liquidez, como mencionado no relatório da S&P.
Desafios financeiros e necessidades de CAPEX
Embora os vencimentos da dívida financeira da Azul nos próximos doze meses não sejam considerados substanciais, a S&P Global Ratings enfatizou que os arrendamentos operacionais e as necessidades de capital de investimento (CAPEX) são significativas.
Eles preveem que a companhia enfrente cerca de R$ 5 bilhões em despesas anuais com arrendamentos e CAPEX em 2024 e 2025.
Rebaixamento das notas seniores sem garantia
Adicionalmente, a S&P Global Ratings rebaixou a classificação das notas seniores sem garantia da Azul de “CCC” para “CCC-”.
A classificação de recuperação das notas foi mantida em “6”, o que indica uma expectativa de recuperação mínima (0%) nas notas sem garantia restantes com vencimento em 2024 e 2026, caso ocorra um inadimplemento de pagamento.