Entre janeiro e julho de 2024, o Brasil registrou a criação de 2,8 milhões de novas pequenas empresas, conforme um estudo divulgado na última segunda-feira (9) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Receita Federal.
O levantamento aponta que o empreendedorismo no país segue em alta, e se consolida como uma alternativa cada vez mais viável para milhares de brasileiros.
Esse aumento é impulsionado pelo fortalecimento de políticas de incentivo ao microempreendedorismo, bem como pelo desenvolvimento de novas tecnologias e pela busca por autonomia financeira em um cenário econômico desafiador.
O que diz o Sebrae sobre o estudo
As pequenas empresas representam uma parte essencial da economia brasileira, responsáveis por movimentar diversos setores da indústria e do comércio.
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, o crescimento desse segmento demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação do empreendedor brasileiro.
“A economia está no rumo certo. Mais uma vez o presidente Lula desafora as previsões econômicas no Brasil. Ano passado a previsão do FMI era que o país teria um crescimento pífio de 0,8% e alcançamos, em 2023, quase 3%. E agora, no último trimestre deste ano, havia uma previsão baixa do PIB e alcançamos 1,4% de crescimento”, disse Décio Lima.
“O Sebrae acredita em um desenvolvimento econômico mais inclusivo. Estamos em uma aliança global contra a fome e a pobreza. Mais de 24 milhões de brasileiros saíram do mapa da fome e o empreendedorismo tem contribuído nesta meta”, concluiu.
Empreendedorismo no Brasil
Segundo o estudo, muitos empreendedores têm aproveitado o ambiente digital para expandir seus negócios, seja na criação de lojas virtuais ou na de plataformas de marketplace para alcançar novos públicos.
Além disso, as novas regulamentações fiscais e o apoio em capacitação oferecido pelo Sebrae têm sido fundamentais para a formalização dessas pequenas empresas.
O setor de Serviços se destaca com quase 61% do total de aberturas de pequenos negócios nos oito primeiros meses de 2024 (1,7 milhão).
Na sequência, vêm o Comércio (25,6%), a Indústria (7,9%), a Construção (7 %) e a Agropecuária (0,7%).
2,8 milhões de pequenas empresas abertas em 2024
- 366,7 mil – janeiro
- 342,8 mil – fevereiro
- 345,3 mil – março
- 375 mil – abril
- 344,4 mil – maio
- 340,5 mil – junho
- 377,9 mil – julho
- 364,6 mil – agosto
Segmentos
- Serviços – 1,7 milhão
- Indústria – 222,5 mil
- Construção – 198 mil
- Comércio – 718 mil
- Agropecuária – 21,7 mil
Os números demonstram a importância das micro e pequenas empresas para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, e a expectativa é que essa tendência continue a crescer nos próximos meses.