
Nesta quinta-feira, 12 de setembro, a Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal André Janones (Avante-MG) e mais duas pessoas em um suposto esquema de rachadinha no gabinete do congressista.
O indiciamento envolve acusações graves, como peculato, associação criminosa e corrupção passiva.
Detalhes do indiciamento
De acordo com o relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), André Janones foi descrito como o “eixo central em torno do qual a engrenagem criminosa gira”.
O documento afirma que “a investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho”.
Os outros dois indiciados no caso são um assessor atual e um ex-assessor do deputado. Ambos enfrentam acusações de associação criminosa e corrupção passiva.
O indiciamento de Janones também inclui peculato, que se refere ao esquema de desvio de salários, conhecido popularmente como rachadinha.
Áudio vazado e outras suspeitas de desvio de salários
O início das investigações foi marcado por um áudio atribuído a André Janones, que teria sido gravado em fevereiro de 2019, quando ele assumiu seu primeiro mandato.
O áudio sugere a participação de Janones em um esquema onde parte dos salários dos assessores seria desviada para cobrir despesas de campanhas eleitorais.
O portal Metrópoles divulgou o conteúdo do áudio, e a PF já havia enviado ao STF um laudo pericial que confirmava que a voz na gravação era de Janones.
No áudio, o deputado foi ouvido em uma conversa sobre negociações privadas para implementar a rachadinha e auxiliar no custeio de suas contas pessoais.
O relatório da PF indica que a autenticidade do áudio foi corroborada tanto pelos participantes da reunião quanto por laudos periciais, e que o deputado solicitou explicitamente a devolução de parte da remuneração dos seus assessores.
O que diz Janones em sua defesa?
Em declarações anteriores, Janones negou as acusações e afirmou que não cometeu irregularidades em seu gabinete.
“Usaram uma gravação clandestina e criminosa, um áudio retirado de contexto e para tentar me imputar um crime que eu jamais cometi”, afirmou.
As informações são do site Poder360.