Em decisão nesta quarta-feira (18), o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) reduziu o patamar dos juros em 50 pontos-base para a faixa entre 4,75% a 5,00% ao ano.
O resultado veio em linha com o consenso de mercado. O Fed também anunciou um corte na taxa de compulsórios de 5,4% para 4,9%.
Os membros do FOMC (Comitê de Mercado Aberto na sigla em inglês) afirmaram que os dados econômicos recentes indicam que a atividade nos Estados Unidos continuou a se expandir a um ritmo sólido, reforçando a decisão de cortar os juros.
A autoridade monetária também pontuou que a inflação fez progressos significativos em direção à meta de 2%, o que deu mais confiança para o corte.
O banco central norte-americano também destacou que os ganhos de emprego desaceleraram nos últimos meses, com uma taxa de desemprego apresentando uma leve alta.
A decisão do FOMC não foi unânime. Michelle Bowman votou por um corte de 25 pontos-base, enquanto os outros membos votaram pela redução de 50 pontos-base.
O gráfico de pontos do BC (Dot Plot) prevê mais dois cortes de 25 pontos-base na taxa ainda neste ano.
“Por mais que o comunicado não tenha sido explícito, o corte de 0,50 claramente confirma que as preocupações com a saúde do mercado de trabalho pesaram mais na decisão do que os riscos relativos à inflação. Os mercados reagiram positivamente à decisão, mas a digestão dessa decisão histórica ainda vai levar tempo e muita volatilidade deve ser esperada nos próximos dias”, comenta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Os índices dos Estados Unidos operavam todos em alta após a decisão do Fed. Por volta de 15:27 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,38%, enquanto o S&P 500 avançava 0,45% e o Nasdaq apresentava alta de 0,75%.
No Brasil, o dólar passou a cair expressivamente, com recuo de 1,07%, a R$ 5,42, por volta de 15:26 (horário de Brasília).