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Eneva (ENEV3) recebe aval do governo para importar energia da Venezuela, Argentina e Uruguai

Tal autorização visa reduzir os custos de geração para suprir a demanda de energia em Roraima, que atualmente depende de geração termelétrica local subsidiada

Eneva
Divulgação/Eneva

A Eneva (ENEV3) recebeu autorização do Ministério de Minas e Energia para importar energia elétrica interruptível da Venezuela, Argentina e Uruguai.

Tal autorização visa reduzir os custos de geração para suprir a demanda de energia em Roraima, que atualmente depende de geração termelétrica local subsidiada.

A princípio, a importação da Venezuela poderá reduzir a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) se os preços forem mais vantajosos em comparação à geração local. No entanto, não há registro de que as importações da Venezuela tenham retomado, pois a linha de transmissão precisa de reparos desde a paralisação das importações em 2019.

Sobretudo, essa importação de energia da Venezuela e de outras nações ainda depende de autorizações da Aneel, do ONS e do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Já as importações da Argentina e Uruguai são comuns e seguem procedimentos distintos no mercado brasileiro.

Reorganização na Eneva

Recentemente, a companhia anunciou que assinou acordos significativos com o BTG Pactual (BPAC11) e convocou Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) para o dia 30 de setembro, a fim de deliberar reorganização societária.

A companhia celebrou um contrato com o BTG Pactual para adquirir 50% da Geradora de Energia do Maranhão (Gera Maranhão) e 100% da Linhares Brasil Energia (Linhares), além de debêntures da Linhares.

Além disso, a empresa firmou um Acordo de Associação com o banco para uma cisão parcial da termelétrica, incorporando a parcela cindida, que inclui ações da Tevisa Termelétrica Viana e da Povoação Energia.

Sobretudo, a Eneva pagará R$ 306 milhões pela participação na Gera Maranhão e R$ 215 milhões pelas debêntures da Linhares, além de outros valores contingentes.

As operações, já aprovadas pelo Banco Central (BC) e CADE, dependem da realização de uma oferta pública subsequente de novas ações ordinárias da Eneva, com valor total de até R$ 4,2 bilhões.