Nesta quinta-feira (26), por volta de 12:15 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Vale (VALE3) saltavam 4,41%, a R$ 63,20.
Os papéis reagem ao PBoC, o Banco Central da China, que anunciou na última terça-feira (24) uma série de medidas para tentar alavancar a economia. O objetivo do governo chinês é alavancar o crescimento e combater a deflação no país.
Após o anúncio do PBoC, o minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura subiu 2,49%, para US$ 98,80 a tonelada.
Dentre as medidas anunciadas pela China, estão:
- O corte de 50 pontos-base nas reservas bancárias que os bancos chineses precisam deixar no BC. A medida por si só destravará cerca de U$ 140 bilhões em novos empréstimos e foi deixada aberta a possibilidade de um novo corte entre 0,25 e 0,5 bps ainda neste ano.
- A redução de 25% para 15% na entrada de uma segunda casa.
- A diminuição, em média, de 0,5% nas taxas de juros das hipotecas existentes.
- A queda de 0,2 p.p. na taxa de recompra reversa de sete dias.
“Acompanhamos a opinião do mercado que os estímulos hoje anunciados, por si só, não resolverão totalmente os gargalos existentes na economia chinesa. Todavia, mostram que o governo está engajado em sua meta de crescimento, que a situação atual incomoda e que Pequim fará o suficiente, para, ao menos, não permitir que a situação econômica do país piore”, diz a Ativa Investimentos.
Além disso, a casa acredita que esse movimento pode ajudar ações relevantes da bolsa brasileira, como a Vale e demais exportadoras. “Ainda que seja cedo para cravarmos o impacto dos anúncios de hoje, a sensação que o pior pode ter ficado para trás para a China pode catalisar um importante fluxo para os papéis mais relacionados ao país”, destacam os analistas da casa.
A Ativa tem recomendação neutra para os papéis da mineradora, e o preço-alvo é de R$ 75,00.