O processo de licenciamento para a Petrobras perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas está sendo conduzido com base em critérios técnicos, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A área, localizada na Margem Equatorial, que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte, aguarda o parecer do Ibama. A perfuração acontecerá a 2.800 metros de profundidade e a 200 quilômetros da costa do Amapá.
“Licenciamentos são processos técnicos. A área técnica tem seu tempo necessário para fazer a análise e as manifestações em bases técnicas. É assim que ocorre em um governo republicano”, disse Marina durante o seminário Finanças Hoje para o Nosso Amanhã: Reorientando Finanças para a Sustentabilidade Ambiental.
O evento acontece de forma paralela às reuniões do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, no Rio de Janeiro.
Questionada sobre pressões para a liberação da licença, Marina Silva afirmou que o governo não cederá a tais pressões. Ela afirmou que as decisões serão baseadas exclusivamente em pareceres técnicos e estudos de impacto ambiental.
Durante o evento, a ministra também destacou a preocupante situação de seca no Brasil. Segundo ela, 58% do território nacional está enfrentando seca, com 900 incêndios ativos no país.
Ela ainda destacou a interdependência entre ecologia e economia, afirmando que ambas fazem parte da mesma equação e que a preservação da natureza é fundamental para a sustentabilidade econômica.