"Economia não tem mágica"

Lula defende arcabouço fiscal em encontro com empresários no México

Presidente destaca a importância da sensibilidade política, a estabilidade econômica para o Brasil e destaca arcabouço

Reprodução: Ricardo Stuckert
Reprodução: Ricardo Stuckert

O presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma defesa ao arcabouço fiscal brasileiro durante um encontro com empresários na Cidade do México nesta segunda-feira (30). Ele enfatizou que “economia não tem mágica” e que não se pode realizar mudanças bruscas como um “cavalo de pau” em um carro. 

“Eu sempre compreendi que em economia não tem mágica. Você não inventa economia, não se dá um cavalo de pau como se estivesse num carro, num autopista, num país do tamanho do México, e muito menos dá um cavalo de pau numa economia do tamanho da do Brasil”, destacou.  

Lula ainda enfatizou a importância da “sensibilidade política” para alcançar os resultados desejados. “É preciso primeiro sensibilidade política de como que a gente vai dirigir os acontecimentos que nós queremos no México e no Brasil”.  

Metas do arcabouço fiscal

Em sua fala, o presidente falou a importância do arcabouço fiscal, aprovado no início de 2023, como uma meta pessoal alcançada e um indicativo da responsabilidade fiscal do governo.  

Além do arcabouço fiscal, Lula também explicou que esse plano visa garantir estabilidade econômica, política, social e jurídica, evitando surpresas com decisões “na calada da noite.”  

“Tivemos uma conversa muito franca, com empresários brasileiros e de outros países, para que a gente pudesse oferecer ao Brasil a serenidade e a tranquilidade que o país precisava para ser governado”, afirmou. 

Crescimento econômico

Lula também abordou o crescimento econômico, defendendo que, ao reassumir a presidência, precisou implementar reformas para alcançar o avanço esperado.  

Ele criticou os céticos que duvidaram da recuperação do Produto Interno Bruto (PIB), afirmando que, apesar das previsões conservadoras de crescimento de apenas 0,8% ou 0,9%, a economia brasileira agora está projetada para crescer 3,5%.  

“Não é excepcional porque o Brasil já cresceu a 14%. Não é extraordinário, mas em função da realidade da economia, é um crescimento virtuoso”, concluiu o presidente. 

 As informações são da CNN Brasil