O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, se envolveu em uma nova polêmica após seu adversário, Pablo Marçal (PRTB), divulgar nas redes sociais uma imagem de um suposto documento que indicaria o uso de cocaína por Boulos. O político do PSOL, por sua vez, negou as acusações, classificando o documento como “falso e criminoso”, e anunciou que pedirá a prisão de Marçal, responsabilizando-o judicialmente pela difamação.
O Instagram exclui a postagem do perfil do Pablo Marçal.
O documento em questão apresenta o nome “Guilherme Castro Boulos”, correspondente ao nome completo do candidato do PSOL, e aponta uma consulta médica datada de 19 de janeiro de 2021. O médico identificado no suposto receituário, José Roberto de Souza, teria encaminhado Boulos a um psiquiatra em caráter de urgência, alegando “quadro de surto psicótico grave, delírio persecutório e ideias homicidas”, além de outros sintomas como “confusão mental e agitação”.
Ainda segundo o documento, um exame toxicológico teria sido realizado e o resultado teria acusado “positivo para benzoilmetilecgonina”, substância conhecida como cocaína. Apesar dessas alegações, Boulos afirmou categoricamente que a prova apresentada é falsa e que Marçal será responsabilizado judicialmente. Vale notar que o médico mencionado teria seu registro profissional inativo desde 2022, conforme informações do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Acusações reiteradas durante a campanha eleitoral
Essa não é a primeira vez que Pablo Marçal faz acusações contra Boulos. Durante a campanha para o primeiro turno das eleições municipais de 2024, o candidato do PRTB utilizou diversas vezes o termo “cheirador” para se referir ao adversário. Devido a essas declarações, Marçal foi diversas vezes condenado pela Justiça Eleitoral e obrigado a ceder direitos de resposta a Boulos nas redes sociais.
Marçal havia prometido que apresentaria as supostas provas contra Boulos no debate eleitoral realizado na quinta-feira, dia 3 de outubro, pouco antes do primeiro turno das eleições, que ocorrerá no domingo, 6 de outubro de 2024. No entanto, as evidências agora divulgadas por Marçal estão sendo amplamente contestadas por Boulos, que classifica a atitude como uma tentativa de manipulação política.
A resposta de Boulos e sua promessa de ação legal
Em resposta às acusações, Boulos emitiu uma nota dura, acusando Marçal de ultrapassar os limites da decência e de utilizar mentiras para prejudicar sua campanha. Segundo Boulos, essas ações de Marçal são “inaceitáveis” e configuram uma grave ameaça ao processo eleitoral democrático. Ele também destacou que levará o caso às esferas eleitorais, cíveis e criminais para que o adversário seja responsabilizado por suas ações.
Leia a nota completa de Boulos:
“O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso, e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça – eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir. Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral. Não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente e que, agora, ameaça a normalidade destas eleições. Marçal pagará pelos seus crimes.”
Com essas fortes declarações, Boulos deixa claro que não permitirá que o episódio passe despercebido e promete agir com firmeza para preservar sua integridade e garantir a legalidade do processo eleitoral.
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