Após ser derrotado no primeiro turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) optou por não se pronunciar publicamente sobre o resultado.
Segundo sua assessoria, Marçal apenas falaria oficialmente sobre as eleições caso recupere o acesso a seus perfis nas redes sociais, que foram suspensos por ordem da Justiça Eleitoral.
Marçal, que ficou em terceiro lugar com pouco mais de 28% dos votos válidos, foi superado por Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), que avançaram para o segundo turno.
A coletiva de imprensa que estava prevista para acontecer logo após a apuração foi cancelada.
No local onde sua equipe e apoiadores acompanharam a apuração, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, sua assessoria comunicou que o candidato derrotado não compareceria e permaneceria em casa.
O espaço foi marcado por um culto evangélico que durou cerca de três horas, durante o qual os presentes entoaram louvores enquanto os números dos votos eram projetados em um telão.
Contas de Marçal suspensas nas redes sociais
A decisão de Marçal de adiar qualquer pronunciamento estava diretamente ligada à suspensão de suas contas em redes como Instagram, Facebook e TikTok.
A Justiça Eleitoral tomou essa medida devido ao uso indevido de impulsionamentos de conteúdo durante a campanha e, posteriormente, à divulgação de um laudo médico falso contra seu adversário, Guilherme Boulos.
A suspensão dos perfis foi um golpe significativo para Marçal, cuja estratégia política sempre esteve fortemente baseada no engajamento nas redes sociais.
No Instagram, três contas vinculadas ao ex-coach foram derrubadas. Em agosto, ele já havia perdido o acesso a outras plataformas devido a infrações similares.
Silêncio até recuperar as redes
Em nota, a assessoria de Marçal declarou que o candidato se manifestaria sobre as eleições e o resultado após ter seus perfis nas redes sociais reativados.
O ex-coach tem apostado nas redes sociais como sua principal ferramenta de comunicação com seus seguidores, o que explica sua decisão de aguardar a reativação de seus perfis antes de fazer qualquer comentário público.
A suspensão de suas contas afeta diretamente sua capacidade de mobilização e interação com seus apoiadores, que se tornou um dos principais pilares de sua campanha.
Enquanto isso, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos seguem rumo ao segundo turno, em uma disputa que promete ser acirrada.
Marçal, por sua vez, precisa esperar o desfecho de sua batalha com a Justiça Eleitoral para retomar sua presença digital e, finalmente, se pronunciar sobre sua derrota.