Eleições 2024

“Não vou procurar Marçal”, afirma Nunes; prefeito não aceita ex-coach em palanque

O prefeito declarou que, caso seja procurado por Marçal, sua resposta vai ser clara e objetiva: “seguir o seu caminho”

Prefeito de São Paulo marca 24% das intenções de voto na corrida eleitoral, segundo a pesquisa Quaest
Prefeito de São Paulo marca 24% das intenções de voto na corrida eleitoral, segundo a pesquisa Quaest | Crédito: André Bueno/Rede Câmara

O prefeito de São Paulo e atual candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), confirmou nesta segunda-feira (7) que não tem intenção de estabelecer um acordo eleitoral com o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que foi derrotado no primeiro turno das eleições.

Nunes deixou claro em declarações à imprensa que não vai buscar a colaboração de Marçal e que o ex-candidato não vai conseguir espaço em seu palanque durante a campanha.

“Não vou procurar [Marçal]”, afirmou Nunes em uma coletiva de imprensa, com repetida ênfase a sua posição contrária a qualquer aliança.

O prefeito se referiu ao histórico de confrontos verbais com Marçal, que o atacou durante a campanha, inclusive com ofensas e ameaças de prisão.

“Não vou procurar”, insistiu. O prefeito declarou que, caso seja procurado por Marçal, sua resposta vai ser clara e objetiva: “seguir o seu caminho”.

“Se eu for procurado, vou dizer a ele que espero que ele tenha aprendido com os erros e que ele possa fazer uma boa reflexão sobre tudo aquilo que cometeu de erro e que ele siga o caminho dele. Eu sigo o meu”, disse Nunes.

Nunes descartou aliança com Marçal anteriormente

No último sábado, o prefeito já havia se manifestado contra a possibilidade de um acordo com Marçal para o segundo turno.

No entanto, após os resultados eleitorais divulgados, Nunes se mostrou um pouco mais flexível, e afirmou que não havia descartado completamente o apoio do ex-candidato.

Nas urnas, Nunes conquistou 29,48% dos votos, enquanto disputar o segundo turno contra o deputado Guilherme Boulos (Psol), que obteve 29,08%.

Marçal, por sua vez, recebeu 28,14% dos votos.

Apesar da recusa em formalizar uma aliança com Marçal, o prefeito enfatizou que vai buscar conquistar o voto dos eleitores do influenciador digital.

Nunes se alinha ainda mais a Tarcísio de Freitas

Após o primeiro turno, Nunes se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com o coordenador de sua campanha, o deputado Baleia Rossi (MDB), para discutir as estratégias para o segundo turno.

Espera-se que Nunes consiga atrair os eleitores de Marçal, com um discurso mais conservador e acenos para o eleitorado mais à direita.

Nunes também tem reforçado sua parceria com Tarcísio de Freitas, que se tornou seu principal cabo eleitoral.

O prefeito creditou a Freitas parte do seu desempenho positivo nas eleições, e destacou a importância dessa colaboração.

Sem Marçal, mas quanto a Bolsonaro…

Enquanto Nunes manifesta a esperança de contar com Jair Bolsonaro em São Paulo (SP), sua equipe prefere evitar que o ex-presidente compartilhe o mesmo palanque, a fim de não nacionalizar a disputa e evitar que a imagem do político prejudique a campanha.

Nunes contabiliza apoios

Após o resultado do primeiro turno, Nunes já recebeu formalmente o apoio de partidos como PSDB, Cidadania e Novo, além da candidatura de Marina Helena, que foi derrotada no primeiro turno.

O ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB) também expressou seu apoio ao prefeito.

As informações são do jornal Valor Econômico.