No terceiro trimestre de 2024, a Intelbras (INTB3) deve mostrar resultados positivos, com receita consolidada subindo 31,3% na comparação anual, segundo análise do BTG Pactual.
Esse desempenho é impulsionado por bases favoráveis e uma expansão saudável trimestre a trimestre, ainda segundo o banco.
Na divisão de Segurança, espera-se crescimento sequencial, mesmo após um segundo trimestre forte (provavelmente beneficiado por receitas infladas devido ao impacto da seca em Manaus, que antecipou algumas receitas do primeiro para o segundo trimestre).
A previsão de receita para o segmento é de R$ 683 milhões, um aumento de 29,2% em relação ao ano anterior e 2,2% em relação ao trimestre anterior.
Em Comunicações, a expectativa é de uma receita de R$ 280 milhões, um crescimento de 35% em comparação ao ano passado e de 5,1% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo aumento contínuo da parceria com a FiberHome.
Por fim, no segmento de Energia, o banco projeta uma receita de R$ 264 milhões, alta de 33% em relação ao mesmo período do ano passado e de 5% em comparação ao trimestre anterior.
Projeções para o balanço da Intelbras
O BTG espera um EBITDA de R$ 166 milhões, com margem EBITDA de 13,6% (estável em relação ao ano anterior e ao trimestre anterior), e um lucro líquido de R$ 151 milhões (+36% em relação ao ano anterior).
O crescimento da empresa pode retornar aos níveis históricos?
“Bem, o segundo trimestre trouxe sinais encorajadores, o terceiro trimestre deve reforçar essa tendência, e vemos espaço para uma valorização expressiva à medida que isso se torne mais claro, uma vez que uma reavaliação seria merecida (pelo menos 15x os lucros em comparação com 10x atualmente), junto com um retorno sólido de dois dígitos”, afirmaram os analistas Carlos Sequeira e Osni Carf.
Para os analistas, a principal preocupação dos investidores em relação aos resultados do 3º trimestre da Intelbras está nas margens, mas esses impactos são causados por fatores cíclicos, e não estruturais. Assim, na análise da dupla, o crescimento da receita (que é estrutural) deve prevalecer.
Recomendação para as ações
O BTG recomenda compra nas ações, com preço-alvo de R$ 38,00 em doze meses. Nesta terça-feira (8), os papéis ordinários da companhia subiam 0,20%, a R$ 20,31%.