O mundo das criptomoedas está em constante expansão e uma das inovações mais significativas é o USDT, um ativo que promete trazer mais estabilidade ao volátil mercado cripto. Mesmo com a crescente adesão dos investidores às criptomoedas, muitos ainda ficam com um pé atrás por conta da volatilidade e da imprevisibilidade desse investimento. Nesse sentido, em 2014, foi criado o USDT, também conhecido como Tether. O Tether USDT é uma stablecoin (moeda estável) desenvolvida para manter uma paridade de 1:1 com o dólar americano, oferecendo aos investidores um refúgio em momentos de alta volatilidade no mercado cripto. Essa classe de criptoativos mantém valor estável em relação a uma referência, nesse caso o dólar americano.
Para manter sua estabilidade, a empresa Tether mantém em reserva um dólar americano para lastrear cada unidade de USDT. Isso significa que, em teoria, o valor de 1 USDT deve sempre ser próximo a 1 dólar. Além disso, o USDT em circulação é constantemente monitorado para garantir a estabilidade de preço.
Fábio Murad, sócio-diretor da Ipê Investimentos, explica: “O USDT funciona como uma ponte entre o mundo das criptomoedas e o sistema financeiro tradicional. Ele oferece a velocidade e a flexibilidade das criptomoedas, mas com a estabilidade do dólar americano. Além disso, o USDT é uma stablecoin criptomoeda que pode ser facilmente negociada em diversas exchanges de criptomoedas.”
História da Tether
Em 2014, Brock Pierce, Reeve Collins e Craig Sellars criaram o Tether (USDT) nos Estados Unidos. Inicialmente chamado de RealCoin, o projeto nasceu do desejo de criar uma moeda digital que mantivesse paridade com o dólar americano. Pierce, um ex-ator, Collins, um empresário, e Sellars, um desenvolvedor, uniram suas diferentes experiências para criar uma criptomoeda que pudesse oferecer a estabilidade do dólar tradicional com a flexibilidade e eficiência das transações digitais.
Apesar de sua proposta inovadora, o Tether enfrentou diversas controvérsias ao longo de sua história. Uma das principais polêmicas ocorreu em 2018, quando a empresa não conseguiu completar uma auditoria para confirmar se possuía reservas suficientes em dólares para lastrear todos os tokens em circulação. Essa situação levantou questionamentos sobre a transparência e a confiabilidade do projeto, destacando os desafios enfrentados pelas stablecoins no cenário das criptomoedas.
Diferenciais do USDT
Em primeiro lugar, uma das principais vantagens do USDT é a sua facilidade de transferência. Assim como um Pix aqui no Brasil, as transações com USDT podem ser realizadas a qualquer momento do dia ou da noite. Com confirmações quase instantâneas e taxas consideravelmente mais baixas que uma transferência bancária tradicional.
Além disso, o USDT oferece aos usuários a capacidade de manter seu valor em “dólares digitais” sem a necessidade de converter para moedas fiduciárias tradicionais ou manter uma conta bancária em dólares. Esta característica chama mais atenção em países que enfrentam restrições cambiais ou instabilidade econômica.
Nesses contextos, o USDT pode funcionar como um refúgio financeiro digital e permite que os usuários preservem o valor de seus ativos em uma moeda estável, enquanto mantêm a flexibilidade de transacionar globalmente. A compra de Tether tornou-se uma opção popular para quem busca proteção contra a alta volatilidade de outras criptomoedas.
Polêmicas e pontos negativos
No entanto, é importante notar que o USDT não é isento de riscos. Murad adverte: “Apesar das promessas de lastro total, houve controvérsias sobre se a Tether realmente possui reservas suficientes para cobrir todos os tokens em circulação”.
De acordo com dados do CoinMarketCap, a principal plataforma de monitoramento de criptomoedas no mundo, existe um total de 119,74 bilhões de USDT em circulação. Essa quantidade impressionante coloca o USDT entre as criptomoedas com maior capitalização de mercado. Mesmo com toda a bagagem da Tether, é importante, antes de investir nela, estar ciente desses rumores e entender como o valor do dólar americano pode afetar o USDT.
Por fim, o aspecto regulatório é outro ponto crucial no cenário das criptomoedas. As stablecoins, no geral, enfrentam crescente escrutínio das autoridades financeiras globais, podendo impactar significativamente seu futuro. Essa atenção reflete a importância dessas moedas digitais no sistema financeiro e a necessidade de garantir sua estabilidade e transparência. As autoridades buscam equilibrar inovação com proteção aos investidores, o que pode resultar em novas regras para operadores de stablecoins como a Tether.
O futuro das stablecoins
À medida que o mercado de criptomoedas amadurece, é provável que vejamos mais inovações e regulamentações no segmento de stablecoins. Algumas jurisdições já estão considerando a criação de suas próprias moedas digitais de banco central (CBDCs), que poderiam competir com stablecoins privadas como o USDT. Ao mesmo tempo, outras stablecoins estão surgindo, algumas com diferentes mecanismos de estabilidade ou lastreadas em outros ativos além do dólar americano.
Com tudo isso, ter uma assessoria de investimentos como a Ipê Investimentos pode ser um diferencial para você realizar seus sonhos financeiros. A Ipê Investimentos é uma assessoria de investimentos vinculada à Necton – BTG Pactual, o Maior Banco de Investimentos da América Latina. Ela oferece todo o suporte necessário para investidores de todos os tipos, desde o iniciante conservador até o experiente arrojado que busca entender melhor o mercado de criptomoedas e as stablecoins como o USDT.
A Ipê Investimentos fornece recomendações personalizadas baseadas na fase de vida do cliente e seus objetivos, priorizando esses fatores em vez de rendimentos de curto prazo.
Ao escolher a Ipê Investimentos, você terá acesso a profissionais altamente qualificados que podem ajudá-lo a construir uma carteira de investimentos resiliente e personalizada, adaptada às suas necessidades específicas. Eles podem auxiliar na avaliação dos prós e contras de várias opções de investimento, incluindo criptomoedas e stablecoins, entender as consequências fiscais e legais de cada decisão, e desenvolver uma estratégia alinhada aos seus objetivos de longo prazo.