
ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:
- – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,68%, cotado a R$ 5,69.
- – 9:05: Dólar comercial (compra): -0,20%, cotado a R$ 5,648.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 17 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,08%, cotado a R$ 5,659.
O que motivou a alta?
O aumento das tensões no Oriente Médio somado a outros fatores pressionou a moeda.
A notícia de que Israel matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, elevou o risco de que a guerra se estenda e atinja novos rumos.
Os dados da economia dos EUA vieram fortes, com queda de 0,30% na produção industrial em setembro, acima da previsão de recuo de 0,10%, e queda de 19.000 pedidos de seguro-desemprego na última semana.
Isso reforça a expectativa de um corte de juros de 0,25%, em vez da redução de 0,50% anteriormente precificado.
Apesar disso, na China, os estímulos injetados na economia não animaram o mercado, e no Brasil, a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal projeta um aumento de 12,4% na dívida pública até 2026, com a dívida a 80% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Brasil
Nesta sexta-feira (18), a agenda segue esvaziada, mas o mercado financeiro local monitora o lançamento do programa Acredita, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em São Paulo (SP).
Cenário fiscal
O cenário externo adverso, combinado com preocupações fiscais, continua a impactar os ativos domésticos no Brasil.
Recentemente, o mercado reagiu mal à exclusão das estatais do Orçamento e ao socorro financeiro reduzido às empresas aéreas (R$ 4 bilhões, abaixo dos R$ 6 bilhões esperados).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou que investimentos em saúde e educação são prioritários, enquanto o ministroHFernando Haddad busca soluções fiscais, como a criação de um imposto para milionários e ações para evitar a perda de R$ 14,30 bilhões em arrecadação.
EUA
Nesta sexta-feira (18), o mercado norte-americano acompanha discursos de integrantes do Federal Reserve (FED).
Dessa vez, Raphael Bostic, Neel Kashkari e Christopher Waller falam em eventos.
Donald Trump
A crescente possibilidade de uma vitória republicana nas eleições presidenciais dos EUA tem impulsionado o dólar e pressionado o euro, segundo economistas.
A Quant Insight alerta que uma vitória do ex-presidente Donald Trump pode aumentar os rendimentos dos Treasuries, o que reflete em temores de inflação.
Já a Capital Economics destaca que uma gestão Trump traria desafios maiores para economias emergentes, com inflação e juros elevados, e impactaria moedas, além de pausar ciclos de flexibilização monetária.
Países como Argentina e Turquia seriam os mais vulneráveis, enquanto uma vitória de Kamala Harris favoreceria economias emergentes alinhadas com os EUA, como México e Índia.
Ásia
China – A produção industrial da China, em setembro, cresceu 5,4% e superou a expectativa de 4,6%, enquanto as vendas no varejo avançaram 3,20%, acima da previsão de 2,50%.
Agora, as atenções se voltam para a reunião do Banco Central da China (PBoC) no próximo domingo, quando serão decididas as taxas de referência de longo prazo (LPRs) de um e cinco anos.
Europa
Reino Unido – As vendas no varejo do Reino Unido avançaram 0,30% em setembro ante agosto, como apontaram dados publicados nesta sexta-feira (18) pelo ONS, o órgão de estatísticas do País.
A alta não era esperada por analistas consultados pela FactSet, que previam queda de 0,50%. Na comparação anual, as vendas no varejo britânico subiram 3,90% em setembro.