Economia

DÓLAR HOJE - Ruídos fiscais, Oriente Médio e eleições presidenciais dos EUA influenciam câmbio, com falas de Campos Neto no radar

Moeda inicia o dia em alta e atinge cotação de R$ 5,67

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:10: Dólar comercial (compra): +0,22%, cotado a R$ 5,675.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 24 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,66.

O que influencia a moeda?

A presença conjunta de Roberto Campos Neto (RCN), presidente do Banco Central (BC), e Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, aliviou o mercado, o que levou o dólar a cair após eles afirmarem que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar medidas fiscais em breve.

A equipe econômica prometeu propor, a partir de novembro, ações para controlar gastos públicos, o que pode evitar aumentos maiores nos juros.

Em dado momento, o câmbio subiu com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) acima do esperado (0,54%), mas recuou com a promessa de novas medidas.

À frente, o mercado continua atento à desaceleração da economia chinesa, às eleições dos EUA, ao conflito no Oriente Médio e ao cenário fiscal no Brasil.

Brasil

Nesta sexta-feira (25), a agenda de indicadores econômicos segue esvaziada.

Por isso, o mercado financeiro local monitora a reunião da assinatura do acordo referente a Mariana (MG) entre Vale (VALE3), BHP e Samarco com o governo federal, com a presença presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além disso, a participação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC) em reunião com investidores, organizada pelo Itaú BBA, vai ser acompanhada de perto.

Balanços

Nesta sexta-feira (25), a Usiminas (USIM5) divulga o seu balanço financeiro com números do terceiro trimestre de 2024.

Arcabouço fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou o compromisso de fortalecer o arcabouço fiscal implementado desde o ano passado.

Ele enfatizou que não ser necessária uma reformulação, mas sim provar sua sustentabilidade no médio e longo prazos.

Acompanhado pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, Haddad destacou que as medidas de fortalecimento do arcabouço são estruturais e visam dar credibilidade ao modelo fiscal adotado.

Essas ações buscam garantir limites de gastos e metas de déficit.

Campos Neto, por sua vez, afirmou que o mercado financeiro reage à incerteza fiscal e vê exagero nos preços atuais.

Ele elogiou o desempenho brasileiro na gestão fiscal e reiterou que o Brasil se destaca no equilíbrio das contas públicas pós-pandemia de COVID-19.

As declarações de ambos ocorreram em Washington (USA), na reunião de ministros da Fazenda e presidentes dos Bancos Centrais do G20 (grupo das dezenove maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana).

IPCA-15

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro, divulgado na última quinta-feira (14), apresentou uma alta de 0,54%, levemente acima da expectativa do mercado financeiro (0,50%) e ligeiramente abaixo da projeção do Itaú BBA (0,56%).

No acumulado de doze meses, a inflação pelo IPCA-15 subiu para 4,50%, contra 4,10% registrado em setembro.

Segundo o Itaú BBA, o índice de outubro trouxe algumas surpresas: a inflação em passagens aéreas foi menor que o esperado, enquanto itens como serviços de veículos, telefonia, internet e televisão superaram as expectativas.

Em termos de núcleos inflacionários, os serviços subjacentes – puxados por serviços automotivos e alimentação fora do domicílio – e os produtos industriais, como móveis, utensílios e itens de higiene, registraram alta acima do esperado.

Na análise da média móvel dos últimos três meses, com ajuste sazonal e anualização, houve uma aceleração nos núcleos de serviços para 5,10% (contra 3,90% anteriormente) e para 3,30% nos industriais subjacentes, reflexo da depreciação cambial.

Para o banco, o índice de outubro indica uma inflação qualitativamente mais pressionada, influenciada pelo mercado de trabalho aquecido e a alta do câmbio, que impactam principalmente os setores de serviços e industriais.

EUA

Nesta sexta-feira (25), o mercado norte-americano observa o Índice de Sentimento do Consumidor final de outubro da Universidade de Michigan.

Além disso, observa Susan Collins, dirigente do Federal Reserve (FED), discursar em evento.

Europa

Alemanha – O índice de sentimento das empresas na Alemanha subiu para 86,50 pontos em outubro, acima das projeções dos analistas, que projetavam 85,60 pontos.

O subíndice de expectativas econômicas avançou de 86,40 em setembro para 87,30 pontos em outubro. O subíndice de condições atuais aumentou para 85,70 pontos.

A pesquisa mensal do Ifo, com cerca de 9.000 empresas, abrange os setores de manufatura, serviços, comércio e construção.