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Veja porque não comprar ações de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) após transação bilionária entre as empresas, de acordo com o BTG Pactual

Pode levar algum tempo para a Minerva otimizar completamente a capacidade dessas instalações adquiridas, o que provavelmente vai ter um impacto limitado nos resultados do quarto trimestre de 2024, diz o banco

Minerva Foods - Minerva Foods - Loures Consultoria, FSB Comunicação
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Na segunda-feira (28), a Marfrig (MRFG3) e a Minerva (BEEF3) finalizaram o acordo para a aquisição, por parte da Minerva, das plantas de abate da Marfrig no Brasil, Argentina e Chile, que totalizam R$ 5,68 bilhões, além dos R$ 1,50 bilhão pagos há mais de um ano, quando o negócio foi inicialmente anunciado.

Deste total, R$5,32 bilhões cobrem as treze instalações de processamento e um centro de distribuição nos três países, R$ 265,0 milhões referem-se a atrasos de fechamento (ajustados pelo CDI), e R$ 91,0 milhões refletem outros ajustes de preço com base em contrato.

Para o BTG Pactual, a transação se alinha às expectativas e conclui um longo processo na operação.

A única incerteza remanescente, para os analistas, seria a aprovação regulatória pendente para os ativos no Uruguai.

Com isso, a Minerva agora assume o controle dos ativos no Brasil, Argentina e Chile e deve iniciar operações em breve.

No entanto, pode levar algum tempo para a Minerva otimizar completamente a capacidade dessas instalações adquiridas, o que provavelmente vai ter um impacto limitado nos resultados do quarto trimestre de 2024.

A visibilidade sobre o EBITDA adicional proveniente das plantas deve ser esperada para o próximo ano, no mínimo, de acordo com o banco.

Além disso, analistas acreditam que essa transação traz algumas necessidades de capital de giro, pois a Minerva vai precisar garantir suprimentos de gado para as novas instalações.

O que esperar para o futuro de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3)?

Analistas do BTG Pactual continuam a ver a história acionária da Minerva (BEEF3) como binária, dependente da integração bem-sucedida desses ativos sem comprometer o balanço patrimonial.

A visibilidade sobre esses resultados pode não melhorar até o próximo ano, no mínimo.

Os riscos e recompensas potenciais parecem equilibrados. Por isso, o banco mantém uma posição neutra em relação às ações.

Implicações para a Marfrig (MRFG3)

Para a Marfrig, este negócio representa um resultado favorável.

A venda desses ativos a uma avaliação supostamente atraente ajuda a gerenciar a alavancagem no nível da controladora. No entanto, o desempenho das ações continua fortemente ligado à trajetória da BRF (BRFS3).

O impulso de curto prazo parece forte, mas a perspectiva para os próximos doze meses permanece neutra.

JBS (JBSS3) em destaque

A JBS continua como a única ação com recomendação de COMPRA pelo BTG Pactual no setor de proteínas.

A posição de alta convicção em relação à JBS fora impulsionada por um forte momento e uma avaliação atraente, com as ações negociadas a um rendimento de 13,00% em fluxo de caixa livre (FCF).