ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,31%, cotado a R$ 5,78.
- – 9:09: Dólar comercial (compra): +0,15%, cotado a R$ 5,772.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira, 30 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,03%, cotado a R$ 5,76.
O que influencia a moeda?
O relatório de empregos do setor privado ADP, dos Estados Unidos da América (EUA), superou as expectativas e reforçou a visão de uma economia americana robusta, o que elevou os rendimentos dos treasuries e limitou a possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (FED).
O movimento impulsionou o dólar.
No Brasil, houve volatilidade no mercado devido à disputa pela Ptax, a ser divulgada nesta quinta-feira (31) por volta das 13:30.
Internamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de corte de despesas atende ao arcabouço fiscal, mas não deu prazo para anúncio, o que trouxe leve alívio ao mercado, embora o dólar siga acima de R$ 5,75.
Sobretudo, o cenário permanece influenciado pela incerteza das eleições presidenciais nos EUA e especulações sobre um possível pacote de estímulos da China, que pode favorecer o real e outras moedas de países exportadores de commodities.
Brasil
Além disso, o Tesouro Nacional informa o tamanho da Dívida Pública em setembro.
Investidores monitoram a participação de Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, em modo virtual, da abertura da reunião ministerial do G20 Saúde-Finanças, às 9:30.
Assim como, a reunião do Comitê Monetário Nacional (CMN), com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), e Simone Tebet (MDB-MS), ministra do Planejamento e Orçamento, junto ao ministro da Fazenda, às 14:00.
Balanços
Nesta quinta-feira (31), o Bradesco (BBDC4) inicia o dia com divulgação do seu desempenho financeiro no terceiro trimestre.
Após o fechamento das negociações na B3, chega a vez de Carrefour Brasil (CRFB3), CCR (CCRO3) e EzTec (EZTC3).
Corte de gastos e a ansiedade do mercado financeiro
Em uma palestra em Brasília, na última quarta-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), manifestou incômodo com a pressão para divulgação rápida das medidas de corte de gasto.
Ele reconheceu a “inquietação” do mercado, mas criticou a “especulação” excessiva.
Na reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), o ministro negou avanços significativos sobre o envio das medidas ao Congresso Nacional.
Simone Tebet (MDB-MS), ministra do Planejamento e Orçamento, sugeriu que o anúncio do pacote ocorra em novembro e que não existe urgência, pois os impactos são para o Orçamento de 2026.
Ela afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já lida com uma ideia preliminar dos cortes e das medidas.
Luiz Marinho (PT-SP), ministro do Trabalho, demonstrou desconforto, e afirmou que não foi consultado sobre o pacote e descartou o corte de benefícios como o abono salarial e o seguro-desemprego, além de alertar que mudanças sem sua participação seriam uma “agressão”.
Apesar das tensões, Haddad sinalizou convergência entre a Fazenda e a Casa Civil. Rui Costa (PT-BA) defendeu o ajuste fiscal, indicando que Lula vai fazer os cortes necessários.
De acordo com o site Bom Dia Mercado, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda limitar o crescimento de despesas do piso da saúde e educação a 2,50% ao ano e analisa mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), como aumentar a parcela que ajuda a cumprir o piso da Educação, o que poderia gerar um espaço fiscal de R$ 33,0 bilhões em três anos.
Rumores indicam que o corte de gastos poderia variar entre R$ 40 bilhões e R$ 60 bilhões, acima das previsões iniciais.
Reforma Tributária
A Câmara dos Deputados concluiu a votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que agora prossegue para o Senado Federal.
A princípio, os parlamentares rejeitaram a proposta de tributar grandes fortunas e excluíram a tributação sobre heranças de fundos de previdência privada e a distribuição desproporcional de lucros entre sócios.
Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou a transferência de créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou do futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) entre empresas do mesmo grupo econômico.
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), planeja votar o relatório em dezembro.
No entanto, o calendário ficou apertado após o cancelamento das sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a próxima semana, devido ao evento P20, que reúne presidentes dos Parlamentos do G20.
EUA
Nesta quinta-feira (31), o mercado norte-americano observa os números do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) de setembro.
Além disso, serão informados o volume de pedidos de auxílio-desemprego da semana e o PMI (sigla em inglês para Índice de Gerentes de Compras) de outubro.
Europa
Alemanha – As vendas no varejo da Alemanha subiram 1,2% em setembro ante agosto, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (31), pelo Destatis, o escritório de estatísticas do País.
O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 0,10% nas vendas do período.
Na comparação anual, as vendas no setor varejista alemão registraram uma expansão de 3,8% em setembro.
Ásia
China – O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial oficial subiu para 50,10 pontos em outubro, uma expansão na atividade econômica pela primeira vez desde abril.
O PMI de serviços também avançou, a 50,20, ligeiramente acima da previsão de 50,10 pontos.
O resultado do PMI industrial do setor privado (S&P Global/Caixin) vai ser divulgado nesta noite, às 22:45.