O empresário e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) anunciou que vai devolver a medalha de “imbrochável” que recebeu do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As informações são do blog do colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles.
Esta decisão surge após o ex-presidente expressar, em uma recente entrevista coletiva, que se arrependeu de ter concedido a honraria a Marçal.
Em sua declaração, o empresário foi enfático ao afirmar: “Fala para ele pegar comigo essa medalha. Eu entrego para ele.”
Marçal não apenas confirmou sua intenção de devolver a medalha, mas também fez um comentário provocativo sobre o futuro.
“Já que ele diz que foi um erro, diz a ele que vou devolver no debate de 2026 [à Presidência]. Vou devolver a medalha que ele me deu e entregar outra para ele”, declarou.
Ele não revelou os detalhes sobre o que vai estar inscrito na nova medalha que pretende entregar a Bolsonaro.
As tensões entre Marçal e Bolsonaro continuam, mesmo após o término das eleições municipais em São Paulo.
Esses desentendimentos indicam que ambos os políticos seguirão caminhos separados na corrida pela presidência em 2026. J
air Bolsonaro, considerado o principal nome da direita brasileira, enfrenta agora o desafio de ver surgir novas lideranças que conquistaram uma parte significativa do eleitorado conservador, como o caso de Marçal.
Declarações de Jair Bolsonaro
Em declarações feitas nesta quarta-feira, 30 de outubro, Bolsonaro comentou sobre a origem da “onda Marçal”.
“Como começou a onda Marçal? Há 3 meses ele queria falar comigo, eu conversei com ele. Só ele e mais ninguém. Até dei uma medalha para ele, onde eu errei”, disse o ex-presidente.
Ele acrescentou que, logo após a entrega da medalha, surgiu uma notícia de que ele apoiaria Marçal, o que Bolsonaro considerou uma “mentira, lamentavelmente”.
Vetos e inelegibilidade
Bolsonaro revelou que vetou a entrada de Pablo Marçal no Partido Liberal (PL).
Atualmente, o ex-presidente se encontra inelegível e busca recuperar seus direitos políticos para concorrer novamente nas próximas eleições.
Por outro lado, Pablo Marçal, filiado ao PRTB, tem sido cotado para disputar a presidência, embora enfrente desafios legais que podem impactar sua elegibilidade.
Pablo Marçal foi o terceiro candidato mais votado nas eleições de São Paulo, com 1,70 milhão de votos.
Durante o segundo turno, ele optou por manter uma posição neutra na disputa entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).