Por Anderson Santana*
Nos últimos anos, o mercado de pagamentos do Brasil passou por uma grande revolução, principalmente com a chegada do Pix.
Introduzido como uma ferramenta de pagamentos instantâneos, ele se tornou um dos métodos preferidos dos consumidores, alcançando 29 bilhões de transações feitas no primeiro semestre do ano, de acordo com a Febraban, o que corresponde a um aumento de 61% se comparado com o mesmo período do ano passado.
Isso levanta uma questão: estariam as maquininhas de cartão com os dias contados? Acreditamos que não. As empresas que atuam nesse mercado enxergam o Pix como uma oportunidade de evolução, e não como uma ameaça.
Pix ganha novas regras de segurança e funcionalidades a partir de novembro
O mercado de adquirência está em constante transformação e a tendência é que continue assim. Em breve, podemos ver um aumento da regulamentação no setor inclusive.
Ainda assim, há espaço para todos: basta estudar e se adaptar continuamente às mudanças. Existe uma oportunidade de crescimento nesse ambiente dinâmico, onde a forma de fazer negócios evolui acompanhando a tecnologia.
Mesmo com essas mudanças, a necessidade de uma forma de intermediar transações sempre estará presente.
O Pix trouxe agilidade para as operações, permitindo transferências instantâneas a qualquer hora do dia. Para pequenas e médias empresas, ele representa uma oportunidade de otimização do fluxo de caixa, ao reduzir os prazos de recebimento, por exemplo.
No Nordeste, cerca de 20% das operações realizadas pelos nossos clientes já são feitas via Pix. Esse número mostra que o Pix complementa o ecossistema de pagamentos, ao invés de substituir as ferramentas tradicionais.
Por outro lado, os terminais de pagamento oferecem uma segurança de recebimento difícil de ignorar. Ao usar uma máquina de cartão, o comerciante tem a garantia de que a transação está sendo processada de maneira segura e com proteção contra fraudes.
Além disso, muitas empresas preferem contar com o respaldo da infraestrutura consolidada das bandeiras de cartão, que oferecem mecanismos robustos de controle de crédito, por exemplo.
Agora que a desconfiança em relação ao Pix foi superada, suas novas funcionalidades podem mudar a dinâmica do mercado, gerando movimento e oportunidades.
No entanto, o sucesso de qualquer nova tecnologia depende da capacidade de adaptação e integração com as ferramentas já existentes. O fato é que as máquinas de cartão e o Pix não são concorrentes, mas aliados no objetivo de facilitar as transações.
As empresas que souberem explorar o melhor dos dois mundos, utilizando o Pix como um acelerador de processos e as máquinas de cartão como uma garantia de segurança, estarão à frente na corrida pela inovação nos pagamentos.
*Anderson Santana é Diretor Comercial da Entrepay