ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:
- 17:00: Dólar comercial (compra): -0,63%, cotado a R$ 5,74.
- 10:12: Dólar comercial (compra): +0,06%, cotado a R$ 5,78.
Copom: deterioração do dólar reforça corte de 50 bps, diz economista
Na sessão anterior…
Na última segunda-feira, 4 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,48%, cotado a R$ 5,78.
O que influencia a moeda?
O mercado teve um alívio com a realização de lucros, mas ainda aguarda o anúncio das medidas fiscais do governo Lula, mesmo após Fernando Haddad afirmar que estão avançadas.
Haddad e Lula intensificam discussões sobre cortes de gastos em novas reuniões com ministros
A projeção do dólar subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50 no Boletim Focus, refletindo incertezas geopolíticas e a disputa presidencial acirrada nos EUA.
Caso Donald Trump vença, ele pretende taxar produtos chineses em 60% e outros importados entre 10% e 20%, o que afetaria o câmbio global.
O impacto das decisões de juros no Brasil e nos EUA, que saem nesta quarta-feira (6), também pode influenciar o dólar, enquanto o aumento do carry trade pode, eventualmente, trazer estabilidade cambial.
Brasil
Nesta terça-feira (5), a agenda de indicadores está esvaziada, mas o mercado financeiro local monitora alguns eventos importantes.
O primeiro deles é a participação de Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central (BC), na abertura do 2º Simpósio Liberdade Econômica, em Brasília, às 8:30.
Além disso, a primeira reunião do Comitê de Política Monetária do BC para decidir o rumo da taxa básica de juros Selic começa hoje, com divulgação da decisão amanhã.
Corte de gastos
O governo se reuniu, na última segunda-feira (4), com vários ministros para discutir propostas da equipe econômica para reduzir os gastos públicos, em um encontro no Palácio do Planalto que contou com a presença de ministérios estratégicos, como Saúde, Educação e Trabalho.
A participação dessas pastas indicou ao mercado que as áreas de maior impacto social e orçamento poderiam passar por ajustes.
As propostas incluem, entre outras medidas, a possibilidade de desvincular receitas e aumentar a participação do Fundeb nos gastos mínimos com educação.
No Trabalho, programas como seguro-desemprego e abono salarial poderiam ser reformulados.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho, indicou que sairia do governo caso esses benefícios fossem considerados gastos passíveis de cortes.
Há também a possibilidade de desindexar o BPC e benefícios previdenciários do salário mínimo, o que poderia gerar uma economia de até R$ 1,108 trilhão em dez anos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo está tecnicamente preparado para o anúncio das medidas, que devem ocorrer ainda nesta semana.
Segundo a consultoria Capital Economics, uma economia fiscal de pelo menos R$ 30 bilhões (0,3% do PIB) poderia acalmar os investidores, caso Lula apoie a revisão de despesas proposta pela equipe econômica.
EUA
Nesta terça-feira (5), o mercado norte-americano acompanha o andamento da disputa entre a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, em dia oficial de votação.
As últimas pesquisas colocam Harris à frente em Iowa, aumentando as chances de vitória democrata. Contudo, o “Trump Trade” ajustou-se apenas parcialmente.
Analistas do UBS Global Research observam que os mercados de Treasuries ainda consideram mais provável uma vitória republicana.
O temor do mercado com a vitória de Trump se resuma a elevação de juros com maioria no Congresso.
Além disso, os investidores dos EUA observam a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto final e PMI de serviços em outubro, assim como, a balança comercial de setembro.
Ásia
China – A atividade de serviços na China cresceu acima do esperado em outubro, com o PMI subindo para 52, de 50,3 em setembro.
O índice composto, que inclui a indústria, também aumentou para 51,9.
O economista Wang Zhe atribui esses avanços ao impacto das novas políticas de estímulo. A reunião do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo continua, e o mercado aguarda possíveis novos estímulos.
A agência Reuters especula sobre um pacote de 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 tri) para impulsionar a economia.