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IBOVESPA HOJE - Selic a 11,25%, corte de gastos no Brasil e decisão dos juros nos EUA e Reino Unido são destaques nesta quinta-feira (7)

Na última quarta-feira, 6 de novembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em queda de 0,24%, aos 130.340,92 pontos

Informações sobre o Ibovespa (IBOV)
Ibovespa

ATUALIZAÇÕES DO IBOVESPA:

  • 18:15: Ibovespa: -0,51%, aos 129.681,70 pontos
  • 10:22: Ibovespa: +0,04%, aos 130.395,47 pontos

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira, 6 de novembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em queda de 0,24%, aos 130.340,92 pontos.

Brasil

Nesta quinta-feira (7), o mercado financeiro local tem a agenda de indicadores esvaziada, mas observa as contas do governo central em setembro, a ser divulgada pelo Tesouro Nacional.

Segundo projeções, o resultado deve reduzir o déficit para R$ 5,2 bilhões, bem menor que em agosto (-R$ 22,404 bi), no bom momento da arrecadação.

Além disso, será monitorado as movimentações em Brasília para a definição do pacote de corte de gastos preparado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reúne com o presidente para definir cortes.

Balanços

A temporada de balanços do terceiro trimestre segue a toso vapor nesta semana. Hoje, quinta-feira (7), sai o resultado da gigante brasileira do petróleo, Petrobras PETR3)(PETR4), que deve reportar um lucro trimestral de US$ 5,27 bilhões, uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior, mas ainda considerado sólido pelas principais casas de análise.

O mercado está atento à questão dos dividendos; no entanto, a CEO Magda Chambriard descartou a possibilidade de dividendos extraordinários, afirmando que não há pressão do governo para aumentar o pagamento para reforçar o caixa do Tesouro.

Quanto aos dividendos ordinários, estão garantidos, com expectativa de distribuir 45%, equivalente a cerca de US$ 2,42 bilhões.

Além da estatal, diversas outras empresas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3), também divulgarão seus balanços hoje.

Lula e o compromisso fiscal

Apesar de planejar um pacote fiscal para enfrentar desafios econômicos, Lula deu recentes declarações que causaram incertezas sobre seu comprometimento com as medidas.

Em entrevista a Rede TV!, Lula criticou a ideia de ajustes fiscais que impactem principalmente a população mais vulnerável e questionou se empresários e políticos estariam dispostos a contribuir para o ajuste, sugerindo um desejo de repartição mais equilibrada dos esforços.

Após a entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar o mercado, dizendo que o pacote está quase fechado e envolve uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e um projeto de lei.

Ele afirmou que as medidas são consistentes com o arcabouço fiscal e ressaltou a importância de incluir o Congresso e o Judiciário no esforço.

Haddad ainda mencionou que o pacote foi elaborado com base em uma análise de custo-benefício político, buscando assegurar adesão ampla.

Selic a 11,25%

Na última quarta-feira (6), o Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 11,25%, em linha com as expectativas, mas o comunicado trouxe um tom mais rígido ao delegar ao governo a responsabilidade pela contenção dos juros elevados.

Isso porque, o Comitê de Política Monetária (COPOM) alertou que a execução de medidas fiscais é crucial para reduzir prêmios de risco e ancorar as expectativas de inflação.

O mercado interpretou a postura como hawkish, com projeções divergentes para o futuro da Selic, variando entre 11,75% e 13,5%, dependendo da estabilidade fiscal.

Assim, economistas como Solange Srour e Andrea Damico sugerem que o BC pode ser forçado a intensificar o aperto, caso o cenário fiscal não melhore.

Aumento de salários

O governo pretende propor reajustes salariais de 9% a 30% para cargos em comissão e funções gratificadas, divididos em duas parcelas a serem pagas em 2025 e 2026.

Os aumentos serão apresentados ao Congresso em um projeto de lei que engloba acordos com diversas categorias do funcionalismo federal.

Para militares em cargos de confiança, as gratificações devem ser reajustadas em 18% em 2025 e 9% em 2026.

EUA

Nesta quinta-feira (7), o mercado norte-americano volta seus olhares para a decisão do juros por lá, a ser anunciada às 16:00 pelo Federal Reserve (FED).

Logo após o anuncio, Jerome Powell, presidente da autarquia, faz uma coletiva às 16:30, para falar sobre a decisão.

Além disso, será observado o volume de pedidos de auxílio-desemprego durante a semana pelos Estados Unidos.

Europa

Reino Unido – Às 9:00, o Banco Central da Europa informa a decisão sobre o juros.

Ásia

China – As exportações da China cresceram 12,7% em outubro em relação ao ano anterior, superando a expectativa de alta de 5,9% e acelerando em comparação com o avanço de 2,4% em setembro.

Já as importações caíram 2,3%, contrariando a previsão de queda de 1,5%.

O superávit comercial chinês alcançou US$ 95,72 bilhões em outubro, acima dos US$ 81,71 bilhões de agosto e da projeção de US$ 76,8 bilhões.