Economia

DÓLAR HOJE - Dados de inflação e corte de gastos no Brasil influenciam câmbio, com corte de 0,25% no juros dos EUA

Na última quinta-feira, 7 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,67

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ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:

  • 10:03: Dólar comercial (compra): +1,49%, cotado a R$ 5,759.

IPCA: inflação sobe 0,56% em outubro, de 0,44% em setembro, mostra IBGE

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 7 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,67.

O que influencia a moeda?

Nos Estados Unidos (EUA), o Federal Reserve (FED) reduziu a taxa de juros em 0,25%, agora entre 4,50% e 4,75%, com foco em alcançar pleno emprego e estabilidade de preços.

A expectativa é de que o comportamento do câmbio no Brasil dependa da intensidade das medidas de corte de gastos do governo.

Por aqui, o Banco Central (BC) elevou a taxa de juros para 11,25% ao ano, destacando a necessidade de medidas fiscais do governo para apoiar a política monetária, mas sem indicar claramente próximos passos.

Ontem, o presidente Lula criticou o setor produtivo e o mercado financeiro, sem abordar cortes de gastos.

Brasil

Nesta sexta-feira (8), o mercado financeiro local acompanha como anda a inflação no País, com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, será monitorado mais uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros para definir o pacote fiscal do governo, que visa cortar gastos, após uma reunião inconclusiva na última quinta-feira (7).

Ministros das áreas de Educação, Saúde e Trabalho participaram das discussões, indicando que as medidas podem ter impacto em programas sociais, o que ajudou a conter o dólar. Porém, a resistência interna pode estar dificultando o avanço de algumas propostas.

No momento, o governo não confirmou um anúncio oficial, priorizando levar as propostas ao Congresso antes de divulgá-las à população, possivelmente adiando a decisão para a próxima semana. Interlocutores mencionaram que o pacote pode estar sendo “desidratado”, com o risco de medidas como o limite de 2,5% de aumento acima da inflação para despesas, como da Previdência, não serem aprovadas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já sugeriu que algumas ideias foram deixadas de lado, e ministros como Carlos Lupi (Trabalho) e Wellington Dias (Desenvolvimento) descartaram cortes em suas áreas, como Previdência e benefícios sociais.

A proposta de mudanças nos pisos da Saúde e Educação ainda enfrenta resistência, e o seguro-desemprego deve permanecer como está, pressionado por Marinho.

Notícias sobre possíveis valores do pacote, R$ 15 bilhões e R$ 10 bilhões, fizeram o dólar oscilar, mas o Ministério da Fazenda emitiu um desmentido.

EUA

Nesta sexta-feira (8), o mercado norte-americano observa o sentimento do consumidor em novembro a partir de um indicador da Universidade de Michigan.

Além disso, dois dirigentes do Federal Reserve (FED), Michelle Bowman e Alberto Musalem, farão discursos, um dia após o mercado perceber a firmeza de Jerome Powell, presidente da autarquia, em manter a autonomia da instituição contra interferências políticas, inclusive do presidente eleito, Donald Trump.

Questionado sobre um possível pedido de renúncia, Powell afirmou que não deixaria o cargo, destacando que a lei protege sua posição. Investidores gostaram do compromisso de Powell em defender o Fed de pressões políticas.

Durante a coletiva, Powell evitou comentar sobre o futuro governo e afirmou que o Fed incluirá a política fiscal em seus modelos somente após a oficialização.

Ele indicou que o Fed começa a avaliar a redução no ritmo de cortes de juros, mas não descartou uma nova redução em dezembro.

Na última quinta-feira (7), o Federal Reserve reduziu a taxa fed funds em 0,25 ponto percentual. Dessa forma, os juros pelos EUA se encontram no intervalo de 4,50-4,75%, conforme esperado pelo mercado financeiro.