Economia

DÓLAR HOJE - Corte de gastos no Brasil influencia câmbio, com Ata do COPOM e falas de dirigentes do FED no radar

Na última segunda-feira, 11 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,76

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Ciclo de alta de juros pode ser mais prolongado se inflação não der trégua, diz ata do Copom

Na sessão anterior…

Na última segunda-feira, 11 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,76.

O que influencia a moeda?

No cenário doméstico, o mercado aguarda o anúncio do pacote de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que continua em reuniões sobre o tema. A demora no anúncio pode elevar a tensão no mercado cambial.

Nos EUA, a possível influência das políticas de Donald Trump gera preocupação quanto à inflação, o que poderia fazer o Federal Reserve (FED) desacelerar o ritmo de corte de juros.

Brasil

Nesta terça-feira (12), o mercado financeiro local observa o volume de vendas no varejo em setembro, a ser informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, será monitorado a Ata do Comitê de Política Monetária (COPOM), que elevou a taxa Selic em 0,50% para 11,25%.

Alguns dirigentes do Banco Central (BC) participam de evento da Febraban nesta terça-feira (12) e também são monitorados, entre eles: Otavio Damaso e Renato Dias Gomes.

Corte de gastos

Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que o pacote de contenção de gastos está quase finalizado.

As negociações com ministérios de áreas sociais foram concluídas, mas Lula pediu a inclusão de mais um ministério, possivelmente a Defesa, segundo a imprensa.

O pacote, que aguarda ajustes finais na Casa Civil, pode ser encaminhado ao Congresso após o G20 no Rio de Janeiro.

Haddad reconheceu que foram feitos ajustes nas propostas para torná-las mais aceitáveis, mas evitou especificar a data do anúncio, que ficará a cargo de Lula.

Enquanto isso, o mercado reage com expectativa; o temor é de que medidas insuficientes aumentem a pressão sobre o dólar e a Selic.

Ata do COPOM

O mercado financeiro está atento à Ata da última reunião do Copom, esperando mais detalhes sobre a visão do Banco Central (BC) em relação à política fiscal, após o tom mais rígido adotado em novembro, quando o BC ressaltou a necessidade de medidas estruturais no orçamento.

Economistas acreditam que houve uma mudança no discurso fiscal e aguardam mais informações sobre atividade econômica, cenário externo e o juro real neutro.

O comunicado do Copom ajustou as expectativas de mercado para os próximos encontros, prevendo uma Selic mais alta no fim do ciclo de aperto monetário.

A princípio, as projeções indicam aumentos nas taxas esperadas para janeiro (de 12% para 12,25%), março (de 12,13% para 12,50%) e para o fim de 2025 (de 11,25% para 11,75%).

A previsão para o segundo trimestre de 2026, horizonte atual da política monetária, subiu de 10% para 10,50%.

Diferente do mercado, economistas esperam unanimemente uma nova alta de 50 pontos-base na Selic em dezembro.

EUA

Nesta quarta-feira (12), o mercado norte-americano observa quatro dirigentes do Federal Reserve (FED) discursar, sendo eles: Christopher Waller (12:00), Tom Barkin (12:15 e 19:30), Neel Kashkari (16:00) e Patrick Harker (19:00).

Europa

Alemanha – A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha subiu para 2% em outubro, de 1,6% em setembro, segundo dados finais do Destatis.

Na comparação mensal, o CPI aumentou 0,4% em outubro, confirmando as estimativas preliminares e as previsões dos analistas consultados pela FactSet.

Ásia

China – Em apoio fiscal para reanimar o mercado imobiliário, o governo estuda proposta para que grandes cidades, como Xangai e Pequim, reduzam o imposto sobre escrituras na compra de casas de 3% para 1%.