Pela sétima vez na história, a Copa Libertadores da América será decidida por dois clubes do mesmo país. Em 2024, os grandes protagonistas do torneio são Atlético-MG e Botafogo, que lutarão pela Glória Eterna no dia 30 de novembro, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Esta é também a sexta final entre dois times brasileiros, a quarta nas últimas cinco edições, comprovando o domínio do futebol tupiniquim no cenário continental em tempos mais recentes. Com isso, é certo que o Brasil conquistará seu sétimo título em oito anos, chegando ao 24º caneco para ficar a apenas um dos 25 da Argentina na história da competição.
Os Hermanos, aliás, são os responsáveis pela outra decisão 100% nacional de Libertadores, o que aconteceu em 2018. Desta vez, eles ficaram pelo caminho, já que o River Plate foi eliminado pelo Galo na semifinal, frustrando a oportunidade dos Milionários disputarem o sonhado pentacampeonato dentro de sua própria casa.
Com a taça garantida para o futebol brasileiro mais uma vez, Atlético e Botafogo já movimentam suas torcidas para este duelo histórico e também as cotações nas principais casas de aposta esportiva, com um leve favoritismo para os cariocas diante dos mineiros. Hoje, um triunfo do Glorioso valeria 1,78 para cada 1,00 investido, enquanto o bicampeonato do Galo é estimado em 2,05 para 1,00.
Mas, enquanto a bola não rola em Buenos Aires, é hora de relembrar as seis finais anteriores entre equipes do mesmo país, algo que aconteceu pela primeira vez apenas em 2005, chegou a ser proibido pela Conmebol durante alguns anos, mas se tornou inevitável com o avanço recente do futebol brasileiro.
São Paulo x Atlético-PR (2005)
Naquela que foi a primeira final entre duas equipes brasileiras, o São Paulo garantiu seu tricampeonato ao derrotar o Atlético-PR. Na primeira partida, em Porto Alegre (na época, a Arena da Baixada não tinha a capacidade mínima de 40 mil lugares exigida pela Conmebol), empate por 1 a 1. Já no segundo jogo, o Tricolor aplicou uma goleada por 4 a 0 no Morumbi e se tornou o primeiro clube do país a conquistar três Libertadores.
Internacional x São Paulo (2006)
No ano seguinte, o São Paulo voltou à decisão em busca do tetra, mas teve pela frente o Internacional, que sonhava ainda com um troféu inédito. O Colorado abriu vantagem fora de casa, com um triunfo por 2 a 1 na capital paulista. No Beira-Rio, segurou o empate pelo placar de 2 a 2 e fez a festa da torcida vermelha.
River Plate x Boca Juniors (2018)
Depois de duas finais seguidas entre times brasileiros, houve muita contestação e a Conmebol proibiu que duas equipes do mesmo país chegassem à decisão de seus torneios, muitas vezes reajustando as chaves, conforme necessário. Essa medida durou de 2007 a 2017, e logo no primeiro ano sem a regra dois argentinos decidiram o título. Melhor para o River Plate, que derrotou o rival Boca Juniors por 3 a 1 no Santiago Bernabéu, em Madri, depois de uma confusão entre torcedores em Buenos Aires que adiou o segundo jogo.
Palmeiras x Santos (2020)
Realizada apenas em janeiro de 2021, a final de 2020 foi a primeira na história da Libertadores a ser disputada com um clássico estadual. Já em formato de jogo único, o duelo entre Palmeiras e Santos aconteceu no Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Verdão se sagrou bicampeão continental com um gol de Breno Lopes nos minutos finais do confronto, que parecia se encaminhar para a prorrogação.
Palmeiras x Flamengo (2021)
Menos de dez meses depois, o Palmeiras estava de volta à decisão da Libertadores, agora para enfrentar o Flamengo, numa das rivalidades que mais cresceram no país nos últimos anos. Eletrizante, o jogo em Montevidéu terminou empatado por 1 a 1 e foi para o tempo extra, mas Deyverson aproveitou uma bobeada de Andreas Pereira e marcou o gol da vitória paulista ainda na primeira etapa da prorrogação, confirmando o tricampeonato alviverde.
Flamengo x Athletico-PR (2022)
Bastante machucado pelo vice em 2021, o Flamengo ganhou uma nova chance de se redimir já na temporada seguinte, chegando à final do torneio pela terceira vez em quatro anos, agora diante do Athletico-PR. O terceiro título da história rubro-negra veio dos pés de Gabigol, que já havia sido o herói do bi dois anos antes e deixado sua marca na decisão contra o Palmeiras.