Preocupação com a saúde

Procon questiona Meta sobre anúncios de Vapes e fiscalização nas redes sociais

Órgão pede esclarecimentos sobre a eficácia da Meta na remoção de anúncios ilegais de vapes. Procon-SP também exige dados sobre ações com a Anvisa

Procon questiona Meta sobre anúncios de Vapes e fiscalização nas redes sociais

Os anúncios sobre os dispositivos eletrônicos de fumo, conhecidos como “vapes” estão sendo questionados pelo Procon-SP

A instituição solicitou à Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook, esclarecimentos sobre os critérios aplicados para suspender anúncios dos aparelhos. 

O Procon questiona a eficiência das ações adotadas pela companhia para impedir que os vapes proibidos continuem aparecendo nas redes sociais. 

Além disso, o órgão exige comprovação através de documentos de atuação da Meta conjunta com a Anvisa.

O Procon também solicita dados sobre o processo de remoção de perfis que promovem a venda desses produtos, questionando se a empresa utiliza ferramentas próprias para identificar e bloquear anúncios de vapes ou se depende de denúncias de usuários.

Por que os vapes são proibidos? 

Os vapes, conhecidos por conter substâncias prejudiciais à saúde, têm sua venda e consumo proibidos no Brasil. 

De acordo com especialistas em saúde, esses produtos são responsáveis por sérios danos à saúde respiratória e cardiovascular, além de afetarem negativamente o desenvolvimento neurológico de adolescentes.

Segundo o Governo Federal, “por conterem aditivos que conferem sabor variado e aromas agradáveis, os cigarros eletrônicos fazem com que o perigo da nicotina e das substâncias tóxicas ali presentes seja disfarçado”. 

De acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico.

Reclamação do Procon 

Em nota, o órgão diz que preocupação por “serem produtos altamente nocivos à saúde e terem sua venda e uso proibidos em todo o país, o Procon-SP fiscaliza todos os ambientes físicos e digitais possíveis para coibir a venda dos vapes”. 

O Procon informou que o objetivo é sempre “dialogar e engajar fornecedores e plataformas tecnológicas no combate ao comércio de produtos ilegais”. 

A instituição ainda diz que estão sendo recebidas informações sobre aparições de anúncios dos vapes no feed de notícias dos consumidores.