Atualizações do dólar:
- 17:00: Dólar comercial (compra): +0,36%, cotado a R$ 5,79.
- 10:20: Dólar comercial (compra): -0,59%, cotado a R$ 5,73.
Na sessão anterior…
Na última terça-feira, 12 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,01%, cotado a R$ 5,76.
O que influencia a moeda?
O mercado segue na expectativa pelo pacote de corte de gastos do governo, que ainda não foi anunciado. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende cumprir o arcabouço fiscal, buscando um déficit primário zero e uma política fiscal rigorosa.
Enquanto isso, o Banco Central (BC) deve manter um ciclo mais longo de alta da Selic, o que poderia valorizar o real, mas fatores externos como a reeleição de Donald Trump e a guerra no Oriente Médio limitam esse efeito.
A expectativa de um governo protecionista nos EUA fortalece o dólar globalmente, impactando moedas como o euro e a libra. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, que será divulgado nesta quarta-feira (13), também pode influenciar a taxa de câmbio, assim como o aguardado pacote fiscal brasileiro, que deve gerar reflexos no mercado cambial quando for lançado.
Brasil
Nesta quarta-feira (13), o mercado financeiro local observa o volume de serviços em agosto, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) também será informado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além disso, Diogo Guillen e Renato Gomes, dirigentes do Banco Central (BC), fazem reunião trimestral com economistas, às 9:30.
No mesmo horário, Ailton de Aquino participa de evento na Febraban, além de Gabriel Galípolo palestra, às 17:00, em fórum da BRAM, em São Paulo (SP).
Ata do COPOM
A ata do Comitê de Política Monetária (COPOM) alertou que uma piora das expectativas de inflação pode prolongar o ciclo de alta da taxa Selic.
Segundo estimativas do mercado, a previsão para a Selic em dezembro permanece em 11,75%, com a maioria dos analistas esperando um aumento de 50 pontos-base.
A expectativa para a taxa de janeiro é de 12,25%, mas projeções para março e maio foram elevadas para 12,75%. Para o final de 2024, a estimativa subiu para 12%.
O Bradesco e o Itaú mantêm a previsão de 11,75% em dezembro, mas reconhecem a necessidade de vigilância devido ao cenário fiscal. A ASA revisou sua previsão para 75 pontos-base, e a XP Investimentos espera uma Selic terminal de 13,25%, com viés de alta.
Corte de gastos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne hoje com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB), para apresentar diretrizes do pacote de corte de gastos, com foco nas áreas de Defesa e previdência militar.
À tarde, Lula também se encontrará com o ministro da Defesa, José Múcio, que discutiu com as Forças Armadas a possibilidade de contribuição ao ajuste fiscal.
Os militares aceitam mudanças simbólicas, mas resistem a cortes maiores, como a eliminação da pensão vitalícia para filhas solteiras.
O pacote inclui uma revisão na política de reajuste do salário mínimo, limitando o ganho real a 2,5% em 2025 e 2% em 2026, gerando uma economia estimada de R$ 11 bilhões em dois anos.
Essa limitação visa alinhar o aumento do salário mínimo ao teto de despesas do arcabouço fiscal, em vez da regra atual, que prevê ganhos reais mais altos.
A princípio, a mudança pode economizar até R$ 84 bilhões em dez anos, segundo estimativas, e ajudaria a controlar o crescimento das despesas atreladas ao salário mínimo, que já consomem quase metade do orçamento federal.
EUA
Nesta quarta-feira (13), o mercado norte-americano observa os dados da inflação com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).
Além disso, o balanço orçamentário federal e falas de dirigentes do Federal Reserve (FED) também serão monitorados, entre eles: Lorie Logan (11:45), Alberto Musalem (14:00) e Jeffrey Schmid (14:30).