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Ações das Casas Bahia caem 65% em 2024; mercado espera melhora na rentabilidade no 3T24

Com queda de 65% nas ações, as Casas Bahia divulgam resultados do 3T24 em meio a desafios no e-commerce, alta de juros e risco de crédito

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O Grupo Casas Bahia (BHIA3) enfrenta uma queda de 65% em suas ações no ano de 2024 e divulga seus resultados do terceiro trimestre (3T24) nesta quarta-feira (13). 

O desempenho da empresa tem sido afetado pela persistente alta das taxas de juros, o que continua impactando o e-commerce.

Crescimento e lucratividade das Casas Bahia 

O BTG Pactual observa um dilema recorrente no e-commerce brasileiro: a escolha entre crescimento e lucratividade. E isso pode ocorrer com as Casas Bahia também. 

Segundo o banco, esse dilema persiste após vários trimestres de ajustes no setor. 

Três tendências predominam no e-commerce brasileiro:

  • Crescimento mais fraco do GMV, reflexo da menor renda disponível e das restrições de capital
  • Foco na lucratividade, com maior ênfase em categorias mais rentáveis e taxas de comissão mais altas
  • Aceleração da consolidação do mercado, processo que deve se intensificar devido ao cenário macroeconômico desfavorável 

Expectativas para o e-commerce

A XP Investimentos prevê um cenário similar ao observado no segundo trimestre de 2024, com a continuidade da fraca demanda e o impacto das altas taxas de juros. 

Já para o BTG Pactual, a projeção é de que o volume bruto de mercadorias (GMV) online das Casas Bahia sofra uma queda de 13% em relação ao ano anterior. 

No entanto, o banco espera uma melhora sequencial da rentabilidade e uma recuperação da margem Ebitda pós-IFRS16, que deve crescer para 7,2%, frente ao -1% registrado no 3T23.

Recuperação nas lojas físicas, mas aumento do risco de crédito

A Genial Investimentos projeta uma recuperação nas vendas de lojas físicas, após três trimestres consecutivos de desaceleração. 

A expectativa é que as vendas nas mesmas lojas (Same Store Sales) apresentem um crescimento de 5,5% no ano, superando a inflação acumulada de 4,4% nos últimos 12 meses. 

No entanto, os analistas alertam que essa recuperação virá acompanhada de um aumento da concessão de crédito, o que pode aumentar os riscos para a companhia.

A recomendação da Genial para as ações da Casas Bahia é de venda, com um preço-alvo de R$ 4 para os próximos 12 meses.