Economia

DÓLAR HOJE - Corte de gastos no Brasil influencia câmbio, com Boletim Focus, Campos Neto, FED e G20 no radar

Moeda inicia o dia em queda significativa e atinge cotação de R$ 5,77

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ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • – 9:07: Dólar comercial (compra): -0,20%, cotado a R$ 5,777.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 14 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,01%, cotado a R$ 5,78.

O que influencia a moeda?

O movimento de queda no dólar foi atribuída ao fluxo de vendas quando a moeda atingiu R$ 5,829. No entanto, o mercado de câmbio opera com expectativas de cortes fiscais de R$ 70 bilhões no Brasil.

A princípio, o pacote de corte de gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser anunciado apenas após o término do encontro da Cúpula de Líderes do G20.

O pacote segue o arcabouço fiscal, o que limita o crescimento real das despesas entre 0,6% e 2,50%.

Dessa forma, o mercado projeta que sua apresentação pode influenciar o câmbio, após a eleição do republicano Donald Trump fortalecer o dólar globalmente, especialmente em países emergentes, devido a políticas protecionistas e dados econômicos acima das expectativas.

Brasil

Nesta segunda-feira (18), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e câmbio ao fim dos anos de 2024, 2025, 2026 e 2027.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informa a balança comercial semanal.

Investidores monitoram as participações de dirigentes do Banco Central (BC) em evento.

Dessa vez, Roberto Campos Neto (presidente) faz palestra em evento da Consulting House, em São Paulo (SP) e Otavio Damaso (diretor) discursa em evento da XP Investimentos.

Corte de gastos

i. Após o término do G20, previsto para encerrar na próxima terça-feira (19), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enfim anunciar o tão aguardado pacote de corte de gastos, com respeito ao arcabouço fiscal que limita o crescimento das despesas em até 2,5% acima da inflação.

Investidores mostraram otimismo com os rumores de que as medidas poderiam gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, enquanto a revisão da política do salário mínimo aparece como o principal eixo estrutural da proposta.

Ainda existem dúvidas sobre possíveis alterações nos pisos constitucionais da Saúde e da Educação, apesar de especulações iniciais de maior flexibilização dessas regras para facilitar o ajuste fiscal.

Em entrevista à CNBC, o ministro Fernando Haddad (PT) confirmou que o pacote foi fechado, com pendências apenas na área da Defesa.

No entanto, o ministro destacou que a taxação de grandes fortunas somente seria viável em âmbito internacional para evitar fuga de capitais.

ii. Campos Neto, em seus últimos dias como presidente do Banco Central (BC), reiterou a urgência do ajuste fiscal para recuperar a confiança econômica e alertou sobre os prejuízos à convergência da inflação sem um compromisso claro nesse sentido.

Por outro lado, Gabriel Galípolo, substituto de RCN, enfatizou que o impacto do dólar forte e do aumento dos custos globais de endividamento deve atingir com mais força economias da América Latina e África, especialmente as dependentes da agricultura e vulneráveis às mudanças climáticas.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

G20

As reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Emmanuel Macron e Luis Arce foram adiadas para esta segunda-feira (18), sem horários definidos.

Javier Milei, no Rio de Janeiro, não solicitou encontro com o presidente do Brasil, apesar do País e a Argentina firmarem acordo para importação de gás natural de Vaca Muerta, com expectativa de reduzir o preço do insumo no mercado brasileiro.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou Manaus no último domingo (17) antes da cúpula do G20 e anunciou mais de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia para conservação da floresta.

EUA

Nesta segunda-feira (18), a agenda de indicadores segue esvaziada.

Por isso, o mercado norte-americano observa o dirigente do Federal Reserve (FED), Austan Goolsbee, discursar em eventos, na expectativa de novas estimativas sobre o rumo da economia norte-americana.

Na última semana, Jerome Powell, presidente da autarquia, indicou que a autoridade monetária não teria pressa em cortar os juros, o que deixou a sensação de que o ciclo de queda estaria perto de acabar.

Tensões no Leste Europeu

Os EUA autorizaram pela primeira vez o uso de mísseis de longa distância pela Ucrânia contra alvos na Rússia.

Essa decisão marcou uma grande mudança estratégica na posição dos Estados Unidos e ocorreu em resposta à postura do governo de Vladimir Putin de empregar soldados da Coreia do Norte na invasão da Ucrânia.

Ásia

China – A produção industrial em outubro cresceu 5,30% em termos anualizados, abaixo das expectativas (5,6%) e do resultado de setembro (5,4%).

Por outro lado, as vendas no varejo superaram projeções, e aceleraram de 3,2% em setembro para 4,8% em outubro, acima do esperado (3,70%).