O Ministério Público da União (MPU) deu mais um passo importante rumo ao seu próximo concurso público (Concurso MPU).
Nesta segunda-feira, 18 de novembro, foi publicada no Diário Oficial da União a portaria que atualiza a comissão organizadora do certame, de acordo com informações do site qConcursos Folha Dirigida.
A nova comissão foi composta por 18 membros de destaque, como Eliana Peres Torelly de Carvalho, subprocuradora-geral da República, que assume a presidência do grupo.
Nova comissão organizadora do Concurso MPU: membros e liderança
A comissão responsável pela organização do concurso do MPU foi renovada e agora dispõe de 18 integrantes, que serão responsáveis por definir os detalhes e acompanhar o andamento do concurso.
O grupo vai ser presidido por Eliana Peres Torelly de Carvalho, subprocuradora-geral da República, e conta com Paulo Roberto Sampaio Anchieta Santiago, procurador da República, como titular na ausência da presidente.
Os membros da comissão incluem:
- Eliana Peres Torelly de Carvalho (Presidente)
- Paulo Roberto Sampaio Anchieta Santiago
- Denise Costa Recedive
- Isabela Vidigal Braga Meneses
- Leonardo da Silva Ramos
- Ramon Silva Abdala
- Djalma Leandro Junior
- Attila Sik Junior Rodrigues
- Marcos Ferreira dos Santos
- Fernando Henrique Nakashoji
- Gustavo Fonseca Gonçalves de Almeida
- Isaac Anderson Oliveira de Almeida
- Thiago Henrique Soares Costa
- Juliano Giacomoni Brum
- Michele Camargo Dias
- Cristina Almeida Bueno e Silva Vilela
- Renata Santiago Moreira Martinelli
- Renata Godeiro Carlos Câmara
De acordo com a secretária-geral do MPU, Eliana Torelly, o edital deve ser publicado no final deste mês de novembro ou no início de dezembro de 2024.
Expectativas para o Concurso MPU: vagas e áreas em disputa
Com o anúncio da comissão organizadora, muitos candidatos aguardam ansiosamente detalhes sobre os cargos e vagas disponíveis para o concurso.
A secretária-geral do MPU havia confirmado, em ofício acessado por Qconcursos e Folha Dirigida, que o concurso contaria com vagas para os cargos de técnico do MPU/Administração e policial (antigo técnico de segurança institucional).
No entanto, outras especialidades que poderão ser contempladas pela seleção ainda não foram divulgadas.
Até o momento, a seleção para o concurso foi programada para abranger as seguintes áreas de atuação no MPU:
Cargos de Técnico do MPU
- Controle Interno
- Edificação
- Enfermagem
- Laboratório
- Orçamento
- Saúde
- Saúde Bucal
- Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)
Cargos de Analista do MPU
- Arquivologia
- Atuarial
- Biblioteconomia
- Cardiologia
- Clínica Médica
- Comunicação Social
- Dermatologia
- Desenvolvimento de Sistemas
- Direito
- Educação
- Endocrinologia
- Enfermagem
- Estatística
- Farmácia/Bioquímica
- Gestão Pública
- Ginecologia
- Nutrição
- Odontologia
- Oftalmologia
- Pediatria
- Perito em várias especialidades, como Antropologia, Arqueologia, Arquitetura, Biologia, Contabilidade, Economia, Engenharia, Geografia, Geologia, Medicina do Trabalho, Oceanografia, Tecnologia da Informação e Comunicação, entre outros.
Remuneração dos cargos
A remuneração inicial para os aprovados no concurso foi divulgada e varia conforme o cargo.
Os salários para os técnicos do MPU serão de R$ 8.529,64, com R$ 3.554,02 de vencimento básico e R$ 4.975,64 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU).
Já os analistas do MPU terão um salário inicial de R$ 13.994,76, composto por R$ 5.831,15 de vencimento básico e R$ 8.163,61 de Gratificação GAMPU.
Impacto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Concurso MPU
Apesar do anúncio de avanço nas etapas do concurso, um dos fatores que tem gerado incertezas sobre o processo seletivo tem sido a tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que questiona a mudança na escolaridade exigida para o cargo de técnico do MPU.
Essa mudança foi efetivada em dezembro de 2023, quando o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial que alterava a escolaridade do cargo de nível médio para nível superior.
A ADI foi proposta pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que contesta a alteração por considerar que a mudança na escolaridade deveria ter sido sugerida pelo chefe do MPU, e não por parlamentares, o que caracteriza, segundo o PGR, um vício de iniciativa.
O procurador pede uma medida cautelar para suspender a mudança enquanto a questão não for resolvida judicialmente.
Caso a ADI seja julgada favoravelmente, isso pode afetar o concurso do MPU, com a possível retomada da exigência de nível médio para o cargo de técnico.
A decisão final sobre a constitucionalidade da alteração deve ocorrer em breve, o que pode impactar diretamente as exigências de escolaridade para os futuros candidatos.
FGV contratada para organizar o concurso
Uma grande novidade na organização do concurso do MPU foi a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) como a banca organizadora.
O contrato foi assinado no início de outubro de 2024 e já foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
A FGV, uma das instituições mais renomadas no Brasil para a organização de concursos, vai ser responsável por receber as inscrições e aplicar as provas.
A escolha da FGV marca uma mudança significativa, pois, nos últimos seis concursos do MPU, realizados entre 1999 e 2018, a banca organizadora foi sempre o Cebraspe.
A troca de banca gerou expectativas sobre como serão cobrados os conteúdos nas provas, visto que o estilo e o formato das questões podem ser diferentes do que os candidatos estavam acostumados.
Etapas da prova: o que esperar?
A estrutura das etapas do concurso foi proposta pela FGV e deve seguir o seguinte modelo:
- Provas objetivas para todos os cargos
- Provas discursivas para todos os cargos (exceto para o cargo de técnico – Segurança Institucional)
- Teste de Aptidão Física (TAF) para o cargo de técnico – Segurança Institucional
- Avaliação médica para o cargo de técnico – Segurança Institucional
- Programa de formação profissional para o cargo de técnico – Segurança Institucional
As provas objetivas contarão com 80 questões – 30 de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos.
A etapa discursiva consiste na produção de um texto de até 30 linhas, e para o cargo de técnico de Segurança Institucional (policial do MPU), o TAF cobra exercícios de barra fixa, flexão de braço, flexão abdominal e corrida.
As provas serão aplicadas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
As informações são de qConcursos Folha Dirigida.