O prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PSD), e o presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, formalizaram, nesta segunda-feira (25), na sede social do clube, na Gávea, o termo de compromisso que marca a viabilização da construção do novo estádio rubro-negro na área do Porto Maravilha.
O evento foi realizado com a presença de autoridades e membros da diretoria do Flamengo e da Prefeitura do Rio, e resulta em mais uma etapa importante para a realização do projeto que promete transformar o cenário esportivo e econômico da cidade.
Compromisso e envio de projetos de lei à Câmara Municipal
De acordo com o termo assinado, a Prefeitura do Rio envia à Câmara Municipal dois projetos de lei que viabilizarão o uso da área no Porto Maravilha para a construção do estádio do Flamengo.
Esses projetos representam um marco legal crucial para que o clube consiga concretizar o seu novo empreendimento.
O primeiro projeto de lei visa a transferência do potencial construtivo que o Flamengo possui em sua sede na Gávea para outros locais da cidade, enquanto o segundo busca isentar o clube do pagamento de outorga de direito urbanístico adicional (Cepacs) à Caixa Econômica Federal, responsável pela venda do terreno.
O prefeito Eduardo Paes destacou a transparência e a legalidade do processo, e enfatizou que todas as etapas foram conduzidas de acordo com as normas legais.
Estudo indica impacto econômico de R$ 5 bilhões para a cidade
A construção do novo estádio do Flamengo no Porto Maravilha não apenas transforma o cenário esportivo da cidade, mas também gera um impacto econômico significativo.
Estudos realizados pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, apontam que o novo equipamento pode movimentar até R$ 5,30 bilhões na economia carioca nos próximos dez anos.
Esse valor inclui as receitas geradas pelo consumo dos torcedores durante os jogos, que englobam gastos com ingressos, transporte, alimentação e outros serviços relacionados ao evento esportivo.
Segundo os cálculos, os gastos diretos dos torcedores durante os jogos em casa e fora de casa somam aproximadamente R$ 833.000.000, o que demonstra o potencial econômico do novo estádio para a cidade.
Espera-se que o empreendimento contribua de maneira expressiva para o crescimento do comércio e do turismo na região, além de criar empregos diretos e indiretos ao longo da construção e operação do estádio.
Transferência de potencial construtivo e arrecadação de R$ 500 milhões
O primeiro projeto de lei a ser enviado à Câmara Municipal visa a transferência do potencial construtivo do Flamengo na Gávea para outras áreas da cidade.
Com essa operação, o clube pode negociar o direito de construção em outros pontos da cidade, o que pode gerar uma arrecadação de cerca de R$ 500 milhões para o Flamengo.
Esses recursos serão exclusivamente destinados à construção do novo estádio.
Isenção de Cepacs: Redução de custo para o Flamengo
O segundo projeto de lei a ser encaminhado à Câmara visa isentar o Flamengo do pagamento de Cepacs, ou seja, da outorga de direito urbanístico adicional à Caixa Econômica Federal, proprietária do terreno destinado à construção do estádio.
Para compensar a Caixa, a Prefeitura do Rio propôs medidas compensatórias dentro da Operação Consorciada do Porto Maravilha, que visam garantir que não haja prejuízo para a instituição financeira.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, afirmou que a assinatura do termo de compromisso representa um passo importante para o projeto do novo estádio.
Landim antecipou que a inauguração do estádio está prevista para 15 de novembro de 2029.
Expectativa de crescimento nas receitas do Flamengo e movimentação econômica
O Flamengo aguarda que o novo estádio aumente significativamente a receita do clube.
Em 2023, o Flamengo registrou uma receita de R$ 1,374 bilhão, com a presença de 1,8 milhão de torcedores em trinta e três jogos.
Com a inauguração do novo estádio, existe a previsão de que a receita do clube cresça em pelo menos 10%, o que representa um aumento de aproximadamente R$ 137.000.000.
Com isso, a movimentação econômica total do Flamengo deve atingir R$ 2,30 bilhões, um aumento de R$ 329,10 milhões em relação ao ano passado.
As informações são de Agência Brasil.