O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (29) que a instituição não defende um nível para a taxa de câmbio e que só intervém no mercado em caso de disfuncionalidades.
Durante evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, Galípolo foi questionado sobre possíveis intervenções do BC no mercado, considerando o movimento do dólar nos últimos dias.
“Sempre explicamos que o BC atua no câmbio em função de disfuncionalidades”, afirmou Galípolo no início da sua resposta. Em seguida, acrescentou que no caminho até o evento conversou com o atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, sobre o assunto, mas não entrou nos detalhes da conversa.
No evento, Galípolo também citou que o câmbio é flutuante, o que é “importante para absorver choques”.
Falas de Galípolo ocorrem após disparada do dólar
Nesta semana, o dólar comercial chegou a bater os R$ 6,11, em sua máxima histórica. O movimento ocorreu após a divulgação das medidas para o corte de gastos de R$ 70 bilhões.
Dentre as medidas está a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000,00 mensais, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Atualmente, a isenção fora concedida para quem recebe até R$ 2.824,00, o equivalente a dois salários mínimos.