O governo negocia com lideranças partidárias aumentar o ritmo de liberação de emendas parlamentares visando acelerar a discussão do pacote com medidas de contenção de gastos, segundo fontes à agência Reuters.
Governistas avaliam o efeito da cirurgia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a tramitação das medidas.
Fontes disseram à agência que acreditam que o procedimento cirúrgico, que foi considerado simples e bem-sucedido, não atrapalhará as negociações de medidas com o Congresso.
No entanto, uma fonte da Câmara afirmou que a necessidade de repouso do presidente pode atrasar as tratativas, que dependem da força política do mandatário.
Uma segunda fonte ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse acreditar que, mesmo diante da cirurgia e afastamento de Lula das atividades até pelo menos a próxima segunda, as negociações para a aprovação do pacote devem seguir o seu próprio curso.
Governo pode engavetar pacote fiscal?
Ainda segundo informações da Reuters, existem fontes do governo que acreditam que o pacote poderá “desandar de vez” após a situação envolvendo Lula.
Segundo uma fonte do PSD da Câmara, o ambiente já estava inflamado com as decisões do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que estabeleceu condicionantes para liberação de certas emendas parlamentares.
A mesma fonte destacou que, se não for Lula, não há ninguém com autoridade para tentar avançar as medidas de ajuste nas contas no Congresso.
(Informações de Reuters)