Economia

DÓLAR HOJE - COPOM e volume de serviços no Brasil influenciam câmbio, com inflação dos EUA no radar

Moeda opera de lado ao início do dia, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central sobre os juros no Brasil e com dados da inflação ao consumidor nos EUA no radar

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O dólar comercial (compra) encerrou esta quarta-feira (11) em queda de 1,30%, cotado a R$ 5,968.

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ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • – 9:16: Dólar comercial (compra): -0,02%, cotado a R$ 6,045.

Na sessão anterior…

Na última terça-feira, 10 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,58%, cotado a R$ 6,047.

O que influencia o dólar?

O mercado financeiro foca na política fiscal brasileira e na política tarifária dos EUA, que devem influenciar as decisões de juros nos dois países e consequentemente afetar o câmbio.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decide nesta quarta-feira (11) a nova taxa básica de juros Selic, atualmente em 11,25% ao ano.

Com o dólar alto e a desancoragem das expectativas de inflação, analistas esperam um aumento entre 0,75% e 1,00% para os juros básicos do Brasil.

Brasil

Nesta quarta-feira (11), o mercado financeiro local observa o volume de serviços em outubro, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor atingiu seu patamar recorde no décimo mês do ano.

Além disso, no fim da tarde, o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), anuncia a decisão para a taxa básica de juros Selic.

As apostas do mercado indicam para uma elevação de 0,50 ponto-percentual (p.p) para 0,75pp o ritmo de alta da data, de 11,25% para 12,00%.

Corte de gastos

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta dificuldades para avançar com a agenda fiscal, mas busca destravar votações importantes por meio de acordos com o Congresso Nacional.

Uma portaria publicada recentemente regularizou o pagamento de emendas parlamentares, suspensas desde agosto, e visa facilitar a aprovação do pacote fiscal.

Arthur Lira (Progressistas-AL), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que o governo ainda não possui os votos necessários para medidas de corte de gastos, mas existe o interesse em votações nesta semana.

Relatores foram designados para propostas como o projeto de lei (PL) dos gastos e a limitação do reajuste do salário mínimo.

No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia ajustes para mitigar resistências e manter o impacto fiscal.

O Ministério da Fazenda projeta um impacto superior a R$ 70 bilhões em dois anos.

Além disso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja enviar propostas para isenção do Imposto de Renda (IR) para rendas até R$ 5.000,00 e mudanças nas regras para aposentadorias de militares ainda este ano.

Reforma tributária

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal vota nesta quarta-feira (11) a regulamentação do texto, que segue para o Plenário.

No entanto, devido a alterações no relatório, a matéria retorna à Câmara dos Deputados.

Arthur Lira não definiu prazo para a votação pelos deputados, e indicou que, embora a intenção fosse finalizar nesta semana, a decisão pode ficar para a próxima.

Dívidas de Estados

A Câmara dos Deputados aprovou, por quatrocentos e treze votos a quatro, o projeto que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), e permite renegociação de dívidas com redução do indexador e prazo de 30 anos para pagamento.

A proposta, que inclui dispositivo para evitar um apagão orçamentário em 2025, agora retorna ao Senado Federal.

Novos diretores do Banco Central (BC)

O Senado Federal aprovou os três indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a diretoria do Banco Central.

Nilton David Schneider assume a diretoria de Política Monetária, Izabela Moreira Correa torna-se diretora de Relacionamento e Supervisão, e Gilneu Astolfi Vivan controla a diretoria de Regulação.

Durante a sabatina, todos reafirmaram compromisso com a meta de inflação e defenderam a autonomia do BC.

Schneider destacou a necessidade de uma “atuação firme” contra a inflação, enquanto Vivan ressaltou o impacto fiscal nos juros.

EUA

Nesta quarta-feira (11), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro.