O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (11) um aumento de um ponto percentual na taxa básica de juros do país, a Selic, que passou de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano.
A decisão gerou fortes críticas da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), que classificou a medida como “irresponsável, insana e desastrosa para o país“.
A parlamentar afirma que a elevação de 1,00 ponto percentual na Selic anunciado pelo Banco Central (BC) deve inflar a dívida bruta do Brasil em R$ 50 bilhões. Ela argumentou que essa política monetária seria incompatível com a necessidade de estimular o crescimento econômico e a geração de empregos.
No apagar das luzes de Campos Neto…
A parlamentar não poupou palavras ao criticar Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, cuja gestão foi apontada pela parlamentar como prejudicial para a economia brasileira.
Gleisi destacou que Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que deixa o cargo no final deste ano.
A presidente do PT classificou a trajetória de RCN como “nefasta”.
Para a deputada federal, Campos Neto foi “responsável pela criminosa sabotagem à economia do país nos dois primeiros anos do governo Lula. Sufocou a economia e o crédito e não cuidou da especulação com o câmbio, que era sua obrigação combater”.
O que Gleisi Hoffmann espera para o futuro Banco Central e a Selic?
“Não faz sentido para um país que precisa crescer e continuar gerando empregos seguir por esse caminho de alta de juros. Precisamos de um Banco Central que dialogue com a realidade econômica e social do Brasil”, concluiu a parlamentar.