Economia

DÓLAR HOJE - Banco Central e juros no Brasil e EUA influenciam câmbio, com Boletim Focus no radar

Moeda inicia o dia em forte alta e atinge a cotação de R$ 6,11

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Moeda vive onda de valorização frente ao real e isso tem chamado atenção dos investidores | Shutter Stock

ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • – 15:11: Dólar comercial (compra): +1,95%, cotado a R$ 6,190.
  • – 9:05: Dólar comercial (compra): +0,69%, cotado a R$ 6,113.

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira, 20 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,81%, cotado a R$ 6,07.

O que influencia o dólar?

Mesmo com uma intensa rodada de leilões, o Banco Central (BC) não conseguiu reduzir o dólar abaixo de R$ 6,00, o que evidência um novo normalno câmbio, forçado por intervenções.

Na semana passada, o Senado Federal aprovou o pacote fiscal, o Federal Reserve (FED) cortou juros, e o Brasil os elevou. Esses eventos impactaram a moeda e devem seguir com influência nesta semana.

Na sexta-feira (20), um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em apoio a Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central, com garantias de não intervenção, aliviou a taxa de câmbio e desestressou o mercado financeiro.

Brasil

Nesta segunda-feira (23), o mercado financeiro local acompanha a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que fornece novas projeções para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar (câmbio) ao longo dos anos de 2024, 2025, 2026 e 2027.

Além disso, a autarquia informa uma nota do setor externo.

À tarde, a balança comercial semanal vai ser reportada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC).

Ajuste fiscal

O Senado Federal aprovou o último projeto do pacote fiscal de corte de gastos na sexta-feira (20). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu vetar um trecho que restringiria o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a deficiências graves e moderadas.

Nos bastidores, acordos de liberação de emendas parlamentares foram decisivos.

Alagoas, reduto de Arthur Lira (Progressistas-AL), liderou os repasses, com quase R$ 74 milhões em emendas de comissão.

Embora o conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha arrefecido, o Congresso Nacional exige continuidade na liberação de emendas. Essa postura desafia até o ministro Flávio Dino, da Corte, e amplia tensões políticas.

De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, líderes do Congresso Nacional têm uma PEC como trunfo. A proposta, de Altineu Côrtes (PL-RJ), tornaria todas as emendas impositivas.

Essa medida transferiria verbas das emendas de comissão para as individuais, restringiria a capacidade de negociação do Poder Executivo e criaria instabilidade para o governo.

Arthur Lira considera a PEC uma ação extrema e inviável para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para membros do bloco parlamentar Centrão, sua aprovação seria devastadora, o que inviabilizaria governabilidade.

Caso o STF intensifique o mal-estar sobre as emendas, líderes acreditam que a PEC pode avançar no plenário e desafiam o equilíbrio do governo.

Reforma ministerial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou possíveis mudanças no governo para o terceiro ano durante um almoço com ministros na última semana, mas não detalhou quais cargos serão alterados nem o prazo para a reforma.

Arthur Lira pressiona por mudanças no primeiro escalão e critica o espaço ocupado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que representa apenas 12,00% dos votos na Câmara dos Deputados, mas lidera ministérios estratégicos.

O PSD, apesar de controlar três ministérios, reivindica maior influência, especialmente em pastas de destaque, e reforça que a reforma pode facilitar a aprovação de projetos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim, as dificuldades do Poder Executivo em aprovar o pacote fiscal reforçam a necessidade de ajustes na articulação política, de acordo com aliados de Lira.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, descartou assumir um ministério no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de especulações recentes sobre seu nome.

Na Comunicação, cresce a expectativa pela saída de Paulo Pimenta, com Sidônio Palmeira, publicitário próximo ao presidente da República, apontado como possível substituto.

EUA

Nesta segunda-feira (23), o mercado norte-americano observa o índice de atividade nacional em novembro, divulgado pelo Federal Reserve (FED).

Além disso, investidores digerirão números da confiança do consumidor em dezembro.

Europa

Zona do Euro – Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que a inflação na zona do euro está próxima da meta de 2%, mas alertou para a necessidade de cautela.

Embora a maioria dos indicadores inflacionários mostre avanços, Lagarde destacou a persistência da inflação de serviços, que permanece elevada em 3,90%, com sinais de queda gradual.