Economia

DÓLAR HOJE - Temores fiscais no Brasil e juros nos EUA influenciam câmbio, com IPCA-15 no radar

Moeda inicia o dia em forte alta e atinge cotação de R$ 6,20

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Nesta sexta-feira, 27 de dezembro, o dólar comercial (compra) encerrou em alta de 0,26%, cotado a R$ 6,19.

ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR NESTA SEXTA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO:

  • – 10:12: Dólar comercial (compra): +0,27%, cotado a R$ 6,194.
  • – 9:20: Dólar comercial (compra): +0,49%, cotado a R$ 6,208.
  • – 9:06: Dólar comercial (compra): +0,46%, cotado a R$ 6,204.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 26 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 6,17.

O que influencia o dólar?

A moeda americana segue influenciada por uma combinação de fatores domésticos e externos.

No Brasil, a intervenção do Banco Central (BC), com a injeção de US$ 3 bilhões em leilões à vista no último pregão, aumentou a oferta de dólares e ajudou a conter a valorização do câmbio.

Apesar disso, incertezas fiscais limitam o potencial de valorização do real frente o dólar.

A aprovação de um pacote fiscal desidratado e dúvidas sobre sua eficácia para equilibrar as contas públicas mantêm os investidores cautelosos.

Além disso, a deterioração nas relações entre os Poderes, agravada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, eleva o risco político e reduz a atratividade dos ativos brasileiros.

no cenário externo, o dólar apresenta leve queda frente a outras moedas globais, o que reflete a expectativa de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos estaria próximo do fim.

Brasil

Nesta sexta-feira (27), o mercado financeiro local observa dados da inflação com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

LEIA MAIS: Prévia da inflação: IPCA-15 registra alta de 0,34% em dezembro, puxada pelo preço dos alimentos

E, ainda, investidores monitoram a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,94% em dezembro, uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando havia registrado alta de 1,30%.

Com esse resultado, o índice encerra o ano de 2024 com alta acumulada de 6,54%.

Em dezembro de 2023, o IGP-M havia apresentado aumento de 0,74% no mês e acumulava queda de 3,18% em doze meses.

Além disso, dados do mercado de trabalho também chamam atenção, com a divulgação do PNAD Contínua, pelo IBGE, e CAGED, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ambos referentes ao mês de novembro.

De acordo com a pasta, o Brasil abriu 106.625 vagas formais de trabalho em novembro.

O resultado do mês passado foi fruto de 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos e ficou abaixo da previsão de criação líquida de 129.500 vagas

LEIA MAIS: Desemprego cai para 6,10% – o menor nível da série histórica do IBGE em novembro

Emendas parlamentares

Arthur Lira (Progressistas-AL), em breve pronunciamento à imprensa, afirmou que as emendas seguiram critérios legais acordados entre governo e Judiciário.

Com isso, ele vai peticionar ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (27) para desbloquear os recursos.

A Câmara dos Deputados conta com respaldo formal dos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Advocacia-Geral da União (AGU).

Lira destacou que os atos obedeceram análises rigorosas desses órgãos.

Assim, ele cobrou que ministros esclareçam os procedimentos na distribuição de recursos. A princípio, a medida visa dividir responsabilidades entre Legislativo e Executivo.

Lira interrompeu as férias em Alagoas (AL) e voou a Brasília (DF). O político se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líderes partidários para discutir as eleições das Mesas da Câmara dos Deputados.

O bloco parlamentar Centrão pressiona o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a negociar com o STF pela liberação de emendas parlamentares. Contudo, a Advocacia-Geral da União (AGU) não planeja recorrer da decisão de Dino.

A suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas gerou tensão entre parlamentares e o Poder Judiciário. Essa estratégia de apadrinhamento dificulta identificar os solicitantes.

O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) afirmou que o Orçamento de 2025 somente vai avançar após pacificação das regras de emendas e fim do conflito entre os Poderes.

EUA

Nesta sexta-feira (27), o mercado norte-americano prossegue com a agenda de indicadores e eventos econômicos esvaziada.

Ásia

China – O lucro industrial na China caiu 7,30% em novembro em relação ao ano anterior, mas melhorou frente à queda de 10% em outubro, segundo NBS, o escritório de estatísticas do País.

De janeiro a novembro, o setor registrou redução de 4,70% no lucro, um recuo acumulado de 4,30% até outubro.